Capítulo 10

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Ao acordar, Belina percebeu que estava sozinha no quarto, porém o cheiro de Terry estava por toda parte. Era como se tivesse impregnado em seu corpo. Belina sorriu ao lembrar-se da noite de amor que teve com ele, mesmo sabendo que aquilo era algo perigoso. Terry não era uma pessoa normal, e ela tinha a consciência que aquilo poderia acabar mal para os dois.

A diretora do hospital há liberou aquele dia, já que no dia anterior Belina segurou as pontas sozinhas. Mesmo sabendo que realmente precisava descansar ela não queria ir embora. Pela jovem ela ficaria ali para sempre, já que Terry estava ali. Terry havia se tornado algo extremamente essencial para vida de Belina. Ele era como um vício instalado em seu organismo. Ela queria esse vício, e depois de ter provado cada centímetro de Terry, ela sabia se seria impossível se libertar dele.

Antes de sair pelos portões que dava acesso à rua, Belina olhou para atrás, desejando que de aluma forma Terry soubesse que a noite havia sido uma das melhores da vida dela também.

***

O caminho até a sua casa não foi demorado, já que aquela hora não havia muita gente na rua. Mesmo com a noite mal dormida, Belina sentia-se elétrica e eufórica. Ela precisava contar para alguém como estava se sentindo, e a única pessoa na qual ela podia a confiar era a dua cunhada Sarah.

― Você está me dizendo que transou com um dos seus pacientes? — a cunhada de Belina gritava ao telefone.

― Pare de gritar! ― Belina não queria que seu irmão soubesse de nada que estava acontecendo. Ela sabia que se ele viesse a saber de tal coisa, a mandaria de volta para a casa de seus pais, mesmo ela sendo adulta e dona do seu nariz.

― Ele não está em casa. Pode ficar despreocupada.

― Mesmo assim pare de gritar ― Belina estava sorrindo, pois ela sabia que sua cunhada não criticaria.

― E como foi? ― quis saber a mulher do outro lado da linha.

― Foi a melhor coisa que já me aconteceu ― os lábios de Belina formigaram lembrando dos beijos de Terry ― nunca me senti tao amada em toda a minha vida.

― E o que ele achou de tudo isso? Ele te pressionou de alguma forma?

― Pelo contrário ― o coração da jovem se apertou ao lembrar-se das lágrimas que o loiro havia derramado ao dizer que tinha medo de machucá-la ― ele tem medo de me machucar.

― Ele então não disse que está a fim de você? ― a cunhada de Belina não compreendeu a forma de machucar que Terry havia dito.

― Não é isso. Terry tem medo de me machucar fisicamente ― ela suspirou ― ele disse que me ama, por isso tem medo de me machucar.

― Mas você disse que ele está controlado.

― E está, mas as coisas não são tao fáceis assim ― ela resolveu contar a cunhada qual era o medo de Terry ― ele matou alguém que amava, e acha que isso pode acontecer comigo.

― Ele matou uma namorada?

― Não. Ele matou o melhor amigo.

***

Terry não havia saído do quarto naquela manhã. Ele não queria ver Belina, e sabia que se saísse dali correria ao seu encontro.

A noite anterior foi uma das melhores da vida de Terry. Ele havia se sentido amado como ha muito tempo não conseguia sentir. Terry lembrava vagamente das carícias das mãe, e isso era algo que fazia falta para ele.

No Limite da LoucuraWhere stories live. Discover now