Serial Killer

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Acorde criança! Hora da vingança!

- Choa! Aí meu Deus!. - senti que alguém me puxou e pude respirar novamente.

Comecei a tossir e cuspir água enquanto buscava ar, Jimin me olhava assustado junto com a recepcionista, que não parecia contente.

- O... o que acon...teceu?. - perguntei para Minnie.

- Você demorou uma hora Cho! Te encontramos submersa na banheira!.- O menor disse.

Olhei para a banheira que agora parecia limpa, assim como o resto do banheiro, tentei assimilar o que havia acontecido, eu fiquei uma hora na banheira presa naquele tipo de visão.

- Vocês dois precisam ir agora!. - Heo Gayoon falou brava.

- Sim! Sim! Estamos indo agora! Vem Cho!. - Minnie disse me puxando pelo braço.

Saímos do banheiro já descendo as escadas indo para o térreo do hotel, passamos pelo garoto e Minnie acenou com a cabeça saindo pela porta da frente, me arrastando o tempo todo pelo braço.

Andamos um quarteirão até Jimin parar bruscamente me olhando fixo, o menor parecia preocupado, e não era para menos, eu não sabia como contar o que havia acontecido antes e o medo de ser taxada de louca era grande.

- Você pode me contar o que deu na sua cabeça menina!?. - os olhos do menor estavam espantados. - Olha o seu estado! Resolveu tomar banho foi?.

Involuntáriamente eu comecei a rir, Jimin ficava engraçado com aquela expressão, por um tempo ele manteve a expressão até cair na gargalhada junto comigo, Minnie era um amigo especial, sempre topando as coisas mais doidas comigo, e mesmo passando pouco tempo juntos eu me sentia agradecida por te - lo na minha vida.

Paramos de rir feitos doidos e continuamos a caminhar, apesar de toda aquela loucura o que tinha acontecido era uma coisa inexplicável.

- Minnie acho que descobri algo muito importante. - disse fitando meus pés enquanto andava.

- O que Cho?. - Minnie perguntou virando a cabeça de lado para me olhar.

'Por favor não me ache uma louca.'

- No banheiro... Eu vi alguém. - continuei com o olhar fixo nos pés lembrando da sensação de terror. - Era uma mulher Minnie... e ela estava morta.

Jimin parou seus passos assim como eu, não queria olhar seu rosto, sabia que o mesmo me acharia louca e diria que eu apenas me confundi na hora do panico.

- Morta? Morta mesmo?. - afirmei com a cabeça. - Isso é impossível! Não tinha ninguém lá Cho!. - disse rindo.

- Não Minnie! Foi real! Ela me mostrou algo!. - virei a cabeça para encara- lo. - Olhe!.

Puxei a manga da camisa branca que vestia, mostrando o braço para Minnie, havia uma marca de queimadura com formato de uma mão.

De fato aquilo havia acontecido, não tinha sido apenas um sonho ou uma simples invenção da minha cabeça, ela tinha deixado provas e bem reais.

Jimin passou seus dedos pela queimadura, sentindo a textura do ferimento, o menor recolheu a mão passando pelos cabelos, eu recolhi o braço abaixando a manga novamente.

Era compreensivo ele não acreditar, eu não exigia isso dele, a única que precisava acreditar era eu.

- Vamos Cho. - disse puxando meus braços.

- Pra onde?. - perguntei sem entender.

- Apenas vamos!

(...)

- Tome!. - Minnie jogou um conjunto de moletom cinza no meu rosto. - Pode se secar no banheiro e vista isso, não quero você doente.

Sem discutir com o menor me levantei do grande sofá marrom e segui para seu banheiro, assim que mostrei a marca no braço Minnie me arrastou para seu apartamento sem dizer nada.

Ele sempre foi sorridente e fofinho e eu nunca tinha visto ele tão sério, até seu semblante estava fora do normal.

Abri a porta do quarto e entrei a trancando, o apartamento de Minnie era muito grande, bem maior que o meu, a cama estava impecável com lençóis azuis, porta retratos preenchiam bem os criados mudos, varios com fotos de Minnie quando era pequeno, de seus pais e uma fotografia nossa no parque aquático, passei pela cama adentrando uma porta a direita onde ficava o banheiro do quarto.

Estava um pouco frio e minha roupa encharcada não ajudava muito, coloquei o moletom cinza em cima da bancada, retirei a roupa molhada a colocando sobre o lavatório, meu braço estava com duas marcas agora, a que Kim fez e a da mulher morta.

Suspirei olhando as marcas, não tinha visto Namjoon desde quando ele me trouxe em casa, não sabia se estava bem, se tinha se alimentado ou descansado, ele parecia agitado, expulsei os pensamentos e comecei a me trocar.

Vesti o moletom que havia ficado enorme, me olhei no espelho, os cabelos loiros estavam despenteados e um pouco úmidos, aparência era a última coisa para me preocupar no momento, suspirei mais uma vez saindo do banheiro voltando para a sala.

Me sentei no sofá marrom novamente, Minnie veio da cozinha com duas xícaras, me entregando uma e se sentando ao meu lado, segurei a xícara repousando a sobre meu colo, ele ainda mantinha o rosto firme.

'É agora ou nunca!'

- Minnie...

- Eu acredito em você Cho! Não precisa se explicar. - o menor cortou minha fala tomando um gole do líquido em seguida. - Apesar de ser estranho eu acredito.

O menor se virou e sorriu, seus olhinhos formavam risquinhos pretos, o Minnie fofo havia voltado, aquilo foi um alívio, coloquei minha xícara sobre o chão e abracei o menor.

- Obrigada. - eu disse com lágrimas nos olhos.

- Ya! Não chora sua bobona!. - Minnie se afastou do abraço passando a manga de sua blusa em meu rosto. - Só uma coisa me deixa curioso, o que essa mulher morta te mostrou?.

Explicar o que eu tinha vivenciado era difícil, mais tentei de qualquer forma não esquecer nenhum detalhe, enquanto contava Minnie abria a boca surpreso e fazia expressões de susto.

- Então esse foi provavelmente o primeiro assassinato! Omo! E porque você?. - Minnie disse arregalando os olhos.

- Deve ser porque o assassino me conhece. - respondi.

- Mwo?. - sua expressão era de confusão.

- Eu recebi uma carta do suposto assassino, ele disse que me conhecia e que as mortes tinham haver comigo e com Nam, e que queria me encontrar. - disse dando um gole no chá.

Minnie arregalou mais ainda os olhos com a boca aberta, por algum motivo eu já não sentia medo de toda aquela loucura, minha única missão era descobrir o que exatamente aquele monstro queria comigo.

- Você tem que ir na polícia! Essa carta pode ajudar eles em alguma coisa!.

- Eu sei, é oque eu vou fazer, mais sabe eu sinto aqui. - disse apontando para meu peito. - Sinto que eu deveria ir nesse encontro.

- Ta louca! Anya! Se esse doido te conhece você está em perigo!. - Minnie disse.

Por um lado Jimin estava certo, mais por outro, algo me dizia para ir, algo não, a mulher morta me dizia para ir, sua voz me dizia a todo momento para ir, e quanto mais eu pensava naquilo mais sua voz ficava nítida em minha cabeça.

Eu colocarei minhas mãos em volta do seu pescoço e as apertarei com amor!

Depois da meia noite  // Kim Namjoon Onde histórias criam vida. Descubra agora