Prólogo

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PRÓLOGO

AMBER MARTIN

Não poderia negar que tenho uma vida maravilhosa, que nada me falta e que nada preciso. Eu posso dizer também que sou um pouco patricinha, talvez muito. Mas eu tenho um coração bom e isso é o que importa. Certo?

Certo!

Meu pai é Christian Martin o empresário mais famoso de Londres e minha mãe Elena Queiroz, uma ótima mãe e uma excelente executiva.

Eu não posso me queixar e nem preciso preocupar com nada, a minha vida não pede isso e é tudo tão perfeito que me cansa.

Eu tenho um namorado, o nome dele é Belamy Teixeira, não é um bom rapaz e acho que ele me trai de vez em quando, mas não me importo, eu não estou com ele por gostar, eu só quero continuar me divertindo e azucrinando a cabeça de meus pais.

Pareço infantil? Mas acho que sou mesmo, eu tenho dezoito anos, mas ainda não quero acreditar nisso. Para que ser responsável? Ou ter uma vida cheia de regras? Se tudo que eu preciso meus pais me dão?

Não faz sentido, porém, acho que eles não me aguentam mais, minha mãe está uma pilha de nervos e meu pai, não aguenta mais ver o meu namorado, está cansado do "maconheiro de merda" como ele mesmo diz.

Um dia eu ainda tomo vergonha na cara, mas não precisa ser agora. Ainda sou jovem e posso curtir muito a vida.

Tiro as colchas de cima de mim e as deixo em alguma parte do chão próximo a minha cama, espreguiço meu corpo e vou para o banheiro, faço minhas necessidades e caminho para o chuveiro.

Tomo um banho de qualquer jeito já que eu havia tomado outro pouco antes de dormir, amarro um coque frouxo no cabelo e vou em direção ao closet, pego um biquíni bem pequeno e o visto rapidamente.

Desço as escadas em alta velocidade como em todas as manhãs e vou direto para a cozinha.

Acho que hoje a empregada não está. Eu moro com meus pais, mesmo que eu tenha a minha casa. É muita responsabilidade e eu não saberia lidar com isso com grande maestria, por isso, mesmo depois dos dezoito, idade que todos querem liberdade, eu prefiro ficar em casa na companhia dos meus pais e dos empregados.

Fora que eu não quero que o Belamy fique atrás de mim e queira morar comigo.

Nunca!

Eu não quero ter alguém comigo o tempo inteiro, onde a intimidade ultrapasse os limites de convivência. Eu não quero ter que acordar e beijar ninguém com bafo, ou levantar rapidamente para fazer café da manhã para marmanjo.

Se esse marmanjo fosse um homem bonito, bom e que eu amasse, talvez fizesse o que minha mãe faz para meu pai. Ela não o nega nunca, o trata como um rei e acho mesmo que é isso que ele se parece. Um lindo rei.

Eu quero me casar quando eu tiver certeza que meu "sim" será para sempre e que fará feliz e completa.

Eu quero me apaixonar de verdade e não viver uma aventura com fim programado.

Apesar de todos os meus erros e desobediências, eu nunca transei com ninguém. Preferi me conservar antes que o sexo passasse a ser a única coisa que eu pensasse.

Não quero acabar como algumas meninas da minha idade grávidas e dependentes de seus pais. Não que o sexo traga isso sempre, mas é uma grande possibilidade.

Engravidar de alguém que não vale a pena, destruir a vida por alguém que não te daria nada além de um pau mal lavado. É isso que eu sempre penso e é por isso que continuo virgem.

Meu Juiz - AMAZONWhere stories live. Discover now