Não Sinto Mais Nada...Toda Essa Dor Já Me Consumiu Por Completo... O medo me consome, de uma maneira tão rápida que eu nem percebo. Sinto que a minha alma não está dentro do meu corpo. Eu simplesmente não tenho mais forças para continuar a viver, nessa angustia.
As vezes fico me perguntado, se a vida é feita de idas e vindas, por que você foi e não voltou?
Não quero mais viver assim.
Estou indo em direção a minha calmaria, o lugar que posso finalmente descansar, que eu vou finalmente te encontrar. Vou bem devagar, eu queria esta indo rápido mas eu não tenho mais forças, pra isso.
Eu nem sei como me apaixonei por você assim tão rápido, e como você me deixou completamente dentro de si como você me deixou.
Hipnotizada era assim que eu me sentia quando estava perto de você, eu tinha vontade de te beijar por toda eternidade pra sentir que você estava ali, perto de mim, pra sempre.
Eu não quero outro sorriso, outro riso, muito menos outro olhar que me contemple. Eu não quero outro colo, outro carinho, nem outro abraço que me acolhe e me protege de toda maldade do mundo. Eu não quero outro beijo, outro cheiro, nem outros dedos entrelaçando os meus. Eu não quero outro amor, além do seu. Eu não quero outro alguém, além de você.
Chego no banheiro da minha mãe, e vou até o espelho e me olho. Mas não consigo mais ver nada que eu reconheça.
Senti um calafrio na espinha, como se fosse alguém me abraçando. É ele, ele tá voltando, o medo esta voltando. Ele vai me dominar de novo.
Fecho os meus olhos por um momento, e as lágrimas começam a rolar mais uma vez, porque é só isso que eu sei fazer ultimamente, chorar.
Abro os meus olhos e tiro as minhas roupas devagar e fico só com as minhas roupas íntimas, pego as lâminas de barbear novas do meu pai, encho o copo de água que fica na pia. E pego os remédios e os tomo de uma vez.
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Ligo a banheira, me deito e relaxo por 5 segundos.
A eternidade não é mais eterna, não mais pra mim. Minha vista começa a ficar meio turva, e eu começo a me cortar, pra ser mais rápido.
Dor, Dor Dor, Dor, Não pare, Não pare, Não pare, Não pare... É o que as vozes falam, sinto o calafrio de novo.
Quando termino deixo a lâmina cair da minha mão.
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