Capítulo 18

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Gente por favor coloquem a música, por mim.

Sam Narrando.

Depois de me acalmar um pouco, Luke me levou pra tomar um café na lanchonete daqui do hospital.

Quando voltamos, vi Ed e Richard com as meninas. Quando eles no viram vieram logo até nós.

- Como você tá? As meninas falaram pra gente.- Ed disse.

- Sei lá. Tô tentando acreditar nisso tudo.

- Vai ficar tudo bem, ela vai sair dessa. Você vai ver.- Ele falou positivamente, e me abraçou forte.

- Saiba que a gente tá com você pra o que der e vier.- Richard disse.

- Obrigada meninos, por vocês estarem comigo nesse momento. Obrigada mesmo. Vocês são importantes pra mim.

1 mês depois.

Hoje faz exatamente um mês que a Jade tentou se matar.

Um mês sem ouvir a voz dela é aquele risada estranha que eu tanto amo ouvir.

Desde daquele dia que ela não acordou. Ela está em coma induzido.

Os médicos acharam melhor deixar ela assim porque, o corpo dela não reage, por conta da perda de sangue extrema que ela teve.
Ela está viva a base de máquinas. Ela já não respira mais sozinha.

Eu não a imaginava nessa situação.

Meu coração dói em ver ela assim.

Como eu queria ela de volta, e que isso tudo fosse mentira.

Sempre vou lá na UTI, não durmo mas na escola eu simplesmente não consigo.

É sempre a mesma rotina a um mês. Escola e hospital. Hospital​ e escola.

Minha mãe tá trabalhando todo os dias, ela não tem mais vida. Ela sempre vem ver como ela tá de meia em meia hora.

Ela ainda tem esperança dela acordar, e eu também.

Os médicos tentam convencer ela que é melhor assinar a documentação e desligar os aparelhos. Mas ela não faz isso, ela não tem forças pra fazer isso.

Ela é médica e mãe, e isso é complicado demais. O lado profissional dela fala pra desligar as máquinas e deixar ela finalmente descansar. Mas o lado de mãe dela grita desesperadamente pra ela não fez isso, seria demais pra ela.

Um pequeno papel pode decidir se a Jade continua com a gente ou não. É muita pressão.

Estou com dor no corpo todo, essa poltronas são desconfortáveis demais, mas eu simplesmente não consigo ficar longe.

Se ela acordar eu vou estar aqui, e ela vai acordar eu disso.

Minha mãe entra no quarto, sempre do mesmo jeito, com a esperança dela está acorda.

-Oi.- Ela diz.

-Oi.

-Por que você não vai pra casa descansar? Você ta horrível.

- Eu tô bem, mãe. Eu pedi pra Liv trazer umas roupas limpas pra mim.- Do um sorriso triste.

Ela não disse mas nada, só chegou perto da cama e ficou olhando pra Jade, mas com a mente em outro lugar.

-Eu to com tanta saudades dela.- Ela diz quase em um sussurro.- Tô com tanta saudades, dela fazendo barulho de madrugada pra pegar comida... De vocês brigando por causa das suas brincadeiras sem graça que ela tanto amava...- Ela diz é as lágrimas começam a cair.

Lembranças da gente juntas começam a tomar conta da minha cabeça.

- Doutora, estão precisando de você na emergência.- A enfermeira Liz, fala entre a porta.- Desculpa atrapalhar.

Minha mãe seca o rosto e diz:

- Eu já tô indo.- Fala e vem até mim e me da um beijo na cabeça, e sai.

Abaixo a cabeça e penso em tudo que aconteceu. Lembranças ruins vem na minha cabeça, coisas que passamos. A imagem dele vem na minha cabeça.

Começo a ficar tensa. Eu não me lembro dele a anos, e esse pensamento veio assim do nada.

Ouço um barulho estranho, um estralo pra ser mais exata.

Olho pra cima, mas ela continua lá, imóvel.

Fico observando ela por muito tempo, até que eu decido ir na lanchonete comer alguma coisa. Me levanto, e ouço de novo o estralo, olho pra ela mas ela continua do mesmo jeito.

Eu devo está ouvindo coisas.

Continuo a andar até a porta, mas sinto ao estranho. Olho pra trás e vejo ela com olhos abertos.

- Sam.

Não é verdade, não pode ser.

Um SegredoWhere stories live. Discover now