Mamãe & Papai*

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DIMITRI

Meses Depois..

Correr atrás de vingança não era algo que movia o nome para tudo que eu estava sentindo se chamava sede de Justiça, justiça por um homem correto que nunca tive a chance de conhecer ou chamar do simples e significativo nome de pai. Justiça por minha mãe que aos poucos recuperava alegria de estar sendo novamente amada por sua família, depois de anos presa por um crime que nunca cometeu. A história estava longe de acabar mais aos poucos todo o trabalho a que vínhamos tendo, começava a ser recompensado porque mesmo sendo difícil, ele não escaparia dessa. Além de tudo, não existia apenas momentos tensos e ruins e eu nunca em toda minha vida, imaginei que acompanhar uma gravidez fosse tão bom como era nem que esse processo me levaria a tanta ansiedade.

-Vamos! Dimitri anda. -Corri atrás dela com mil sacolas de compras em meus braços e sorri vendo suas perninhas pequenas, correrem pelo corredor com sua barriga proeminente de sete meses a guiando.

-Amor, estou fazendo o máximo as compras estão pesando. -De repente ela parou e tentou puxar as sacolas para me ajudar, mesmo sabendo que eu não deixaria, ela sabia bem que isso não ocorreria. Eu era um homem protetor, mais quando vi sua barriga crescer e a realidade da nossa filha estar com nos dois, meu instinto de proteção tinha despertado mil por cento.

-Não seja tolo, deixe-me ajudar, por favor. -Aproximando-me e beijei seus lábios.

-Não, aliás, você pode abrir a porta? Chegamos. -Ela se virou animada notando que era real, o mundo parecia acabar naquele momento, mais tudo que minha querida e maravilhosa esposa tinha, era desejo por sorvete. A porta foi aberta e ao entrar, pus as compras sobre uma mesinha a vendo avançar e procurar por seu sorvete, rapidamente puxei sua sacola e ela caiu sobre o sofá como se sua vida dependesse disso.

-Não é possível! Você vai comer com a mão? -Ri alto vendo seu desespero e cara feia pra mim.

-Me deixe em paz Dimitri.... Hum.... É a comida dos deuses... -Luiza gemia em prazer e praticamente já tinha devorado a metade sozinha. Sentei ao seu lado e puxei suas pernas um pouco inchadas para meu colo. Ela só ficava mais linda a cada dia.

-Será que esse sorvete é mais gostoso do que eu?

-Com toda certeza! -Me provocou fazendo a puxar em meu colo e a manter segura nos braços. Cheirando seu rosto eu apertei minha mão em sua barriga redonda que eu amava tanto, onde nossa menina chutava com força todas as vezes que me sentia ali. Era o maior presente que a vida havia me dado.

-Você acordou minha boneca? Mamãe faz muito barulho quando come não é docinho do pai? Sorri com mais um chute forte, dava pra ver claramente o seu pé empurrar, minha menina já me conhecia bem.

-Sou eu que a levo pra cima e pra baixo, compro os vestidos mais lindos existentes na face da terra e como tudo que ela sente desejo. Realmente não entendo o porquê dela se animar tanto pra você. Não é justo.

-Exatamente por isso minha linda, por passar tanto tempo na barriga da mamãe, ela se anima quando senti o papai chegar. É amor. -Suas mãos puxaram meu rosto de encontro ao seu em um beijo cheio de ternura, todas as noites nos tínhamos sempre momentos de amor entre nós, e mesmo tentando ir devagar, a mulher que eu tinha não ajudava muito quando eu tentava negar.

-Você sempre diz a coisa certa, deve ser por isso que eu te amo tanto.

-Deve ser? Você está bem atrevidona hein? Além do mais, porque não casamos logo na igreja? Você enrola demais em uma data e só consegui te levar para o cartório porque era uma surpresa, se não nem teríamos casado no civil.

TRAÍDAOnde as histórias ganham vida. Descobre agora