ODDG - Capítulo 6 - FUDEU!

41.4K 3.5K 1.8K
                                    

Revisado 10.12.2018

Desaparecido.
Nícolas Apolline estava desaparecido há três dias. O Themonium veio em silencio à viagem toda de volta aos Estados Unidos, nenhuma palavra dita, veio muito pensativo. Quando o Jato dos Guimarães nos deixou no aeroporto Internacional John F. Kennedy, Nícolas simplesmente saiu do avião para um helicóptero que já estava lhe esperando próximo ao hangar que o jato parou. Tudo isso sem dizer uma palavra deixando tudo para trás. Fiquei observando enquanto o helicóptero desaparecer no céu e com ele meu chefe.

Eu achei particularmente estranha aquela situação. Tudo bem que Nícolas era estranho, mas isso era mais estranho ainda. Eu não tinha solicitado um helicóptero para ele, e isso era o meu trabalho.

"Será que foi Aurora?"

Por vias das dúvidas eu mandei uma mensagem para ela.

Para: Aurora (Escritório): "Para onde vai o helicóptero que Nícolas pegou? (hoje. às 18h30min)

― Senhor Andrew, as malas já estão no carro ― disse o motorista que estava esperando para nos levar de volta a Manhattan, mas que agora apenas me levaria ― podemos ir?

Entrei no veículo e partimos para o Upper West Side, onde Nícolas morava. Eu passaria no seu loft, já que ele tinha deixado suas malas comigo e eu não poderia levar para minha casa, estávamos quase chegando quando recebi a mensagem de volta.

De: Aurora (Escritório): Que helicóptero? Ele não está com você? (Hoje, às 19h12min)

Achei aquilo estranho, como a assistente sênior não sabia disso?

Para: Aurora (Escritório): "Como assim? Não foi você que arrumou o helicóptero?(Hoje, às 19h13min)  

Naquele momento eu tive certeza que tinha alguma coisa errada, se nem eu ou Aurora tinha arrumado esse helicóptero, então isso significava que o próprio Nícolas tinha feito isso. Senti uma brisa fria quando o carro parou na frente da casa do Themonium.

"É oficial, o inferno estava congelando".

Acordei do meu devaneio com Aurora me ligando. Eu não poderia espera menos. Ela era louca por esse trabalho.

― Me explica isso direito Andrew ― pediu ela. Contei a tudo que aconteceu no Brasil, detalhe por detalhe, não era possível que Nícolas estivesse com vergonha. Se tinha uma coisa que aquele homem não tinha, essa coisa era vergonha ― Bem, ele teve ter ido para sua casa nos Hamptons. Ele só usa helicópteros para ir para lá, vou ligar para casa dele e verificar se ele chegou bem, qualquer novidade eu te aviso.

Desci do carro e fui até a portaria, o prédio era um típico antigo Nova Iorquino, mas o luxo era muito presente. Subir para seu Loft, era a primeira vez que eu estava naquele local, e eu deveria me acostumar, pois ainda ia ter que vim muito aqui.

"Uau, mas que vista".

Com pé-direito alto, a planta aberta, sem paredes internas e com ambientes conjugados em um só nível, a casa de Nícolas tinha uma iluminação natural garantida por grandes janelas, que davam uma visão panorâmica e monumental do Central Park, além de colunas de sustentação, tijolos e tubulações (elétrica e hidráulica) aparentes, muitos porta-retratos compunham a decoração do ambiente, porém, muitos desses porta-retratos estavam vazios. Em uma parede, três espaços estavam faltando, como se tivesse quadros pendurados por muito tempo, mas que foram removidos. Fui até a parte onde ficava a cama e notei uma porta. Onde tinha o closet, desfiz as malas dele e arrumei tudo. Depois fui para casa.

O Diabo de Gravata (Romance Gay)Onde histórias criam vida. Descubra agora