Capítulo 8

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Na manhã seguinte Alex acordou com um pequeno sangramento.

_Paaaaiiiiii!!!!!!! Gritou aflita do banheiro.

Jonathan correu desesperado da cozinha para o banheiro, não pensou em bater na porta apenas a abriu, encontrando sua filha nua no banheiro.

_ Merda! - Disse ao ve-la e fechou a porta.

_Pai tem sangue na minha calcinha!!!

_Muito!? - Pergunta do lado de fora.

_ Não sei... - Ela chora. - Acho que não...

_Toma um banho, se veste e tente manter a calma. Vou me trocar e vamos ao hospital. OK!? Fique calma.

_Vou tentar... Pai...

_Oi!? Eu ainda estou aqui. Sentiu alguma coisa?

_Estou com medo!

_Não fique com medo princesa, vai dar tudo certo, o papai está aqui.

Alex teria rido em outra situação, mas o medo de perder seu filho era muito grande.

....

_Viu não era nada de mais. Agora é só fazer o que a médica disse, repouso. Então vamos começar arrumando uma empregada, vamos tentar trocar suas aulas de inglês para mais perto...

_Pai... Não precisa! A doutora disse que foi só um pequeno descolamento, vai voltar a colar. Não se preocupe, além do mais já tem a Sandra. Ela vai lá toda sexta. Não precisa mais...

_Na verdade a Sandra poderia ficar mais tempo. Ir todos os dias. Vou ligar para ela. Assim você teria companhia sempre.

_Pai! Acabei de dizer que não precisa!

_Minha florzinha... Tenho a leve impressão que você está grávida de um netinho meu, e... Eu acho que é meu primeiro neto...

_Ou neta!

_Posso terminar? - Jonathan diz sério, mas Alex percebeu o sorriso que ele tentou esconder. - Como eu dizia, antes de ser interrompido, acho que vou ter meu primeiro neto. Dizem que os avós são sempre babões... Eu não vou ser!

_Não, com certeza não! A jovem ri.

Pai e filha terminam o percurso até o estacionamento. Eles riem e brincam entre si. Estavam felizes, qualquer que fosse a diferença entre eles havia sido esquecida.

Alex encontrou em seu pai tudo que jamais pensou encontrar, todo o carinho que sonhava receber. Sabia que aquilo não era o que seu queria que tivesse acontecido, sabia que seu pai estava preocupado e de certa forma decepcionado, por isso o admirava ainda mais.

....

Em cada mês, cada consulta, cada ultrassom Jonathan estava lá. Estava presente nas escolhas das roupas, dos móveis, da cor da tinta para o quarto.

A barriga já estava grande, as complicações começaram...

"O corpo de uma adolescente de dezoito anos não está preparado para suportar uma gravidez, ele nem se quer acabou de se formar!" A médica sempre dizia.

Aos sete meses de gravidez Alex sentia fortes contrações. Tudo estava difícil para ela. Seu pai a levava para escola e sempre voltava com Bruna, uma nova amiga que havia feito, alguém que se tornou sua melhor amiga numa velocidade que nem ela mesmo percebeu.

Bruna era uma jovem de dezessete anos totalmente dentro dos padrões de "descolada". Filha de pais separados, uma mãe jovem que engravidou aos quinze de seu irmão Bernardo.

Até você voltar... (Degustação)Where stories live. Discover now