Cap.7 || Competição

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Júlia Collins

Mais uma vez o despertador dava o ar de sua graça. Resmunguei e antes de jogar ele longe, lembrei que não estava na minha casa. Então, apenas me virei colocando o travesseiro na minha cabeça. Porém, não dava pra dormir com o barulho irritante do secador de cabelo provavelmente da patricinha irritante.

– Se você não desligar isso agora, eu juro que não respondo por mim. – resmunguei ainda debaixo do travesseiro.

Nada aconteceu. O barulho continuou lá. Meu sangue estava começando a ferver. Antes que eu me levantasse e arrancasse cada fio de cabelo dela, Nanda segurou na minha mão.

Nanda: Jennifer, será que você poderia secar seu cabelo no banheiro? Não queremos problemas justo na primeira semana aqui. – ela diz dócil, Jennifer bufa, depois pega o secador e leva pro banheiro.

– Qual é? Eu ia mandar ela para o banheiro de uma forma mais divertida.

Nanda: Violência não leva ninguém a nada Júlia Collins. – diz se levantando.

– Quem disse que eu ia usar a violência? – arqueei a sobrancelha e ela sorriu negando com a cabeça. Sorri também e tentei dar mais um único e mísero cochilo. Não consegui.

Assim que Nanda saiu do banheiro, eu entrei. Jennifer não estava mais no quarto.

Nanda: Se eu fosse você andava rápido amiga. Está atrasada pro café. – ouço ela gritar e bater na porta do banheiro.

– Um pouquinho de atraso não faz mal a ninguém. – disse simplesmente. Não ouço mais nada. Ela já tinha saído. Fiquei mais alguns minutos ali dançando e cantando. Terminei e já era dez horas de acordo com o meu celular. O café saía as sete. Desci indo até a cozinha. Vi que não tinha mais nenhum rastro de café da manhã ali.

– Cadê o meu café? Eu vou morrer.

Inspetora Maura: Sem drama. O café sai as sete Júlia. Chegue mais cedo amanhã.

– Você vai me deixar morrer? Isso é desumano.

Inspetora Maura: Acorde cedo. O almoço sai em uma hora e meia. – diz dando de ombros e saiu dali.

Minha barriga roncava. Suspiro e me jogo no sofá. Fecho meus olhos tentando desviar o foco da fome. Depois de algum tempo, sinto cutucarem meu braço. Abro meus olhos e vejo Lucas ali. Sério que ele seria tão cara de pau depois de tudo o que aconteceu ontem?

– O que você quer? – resmungo fechando meus olhos novamente.

Lucas: Um passarinho azul me contou que você está com fome.

– Esqueceu que aqui não tem Internet? Tô sem Twitter. – debochei sem o encarar.

Lucas: Ah, que pena. Ia fazer a solidariedade de te dar esse suculento misto quente...nossa, pela cara deve está uma delícia.

Abro meus olhos rapidamente e vejo o misto quente na mão dele. Ele já saia da sala quando corro em sua direção.

– Eu quero. Me dá Lucas.

Lucas: Olha, ela abaixou a bola. – diz irônico arqueando a sobrancelha.

– Não quero mais. – disse por fim e ia sair de lá quando ele pega em minha mão.

Lucas: Calma marrenta. Eu vou te dar...mas com uma condição.

– Qual? Que eu me ajoelhe? Não vai rolar.

Lucas: Não. É algo simples.

– O que é então?

Lucas: Me perdoa por ontem? É que sabe, minha família é meu ponto fraco. Não queria ser tão grosso com você.

Eu Odeio Você - ConcluídaWhere stories live. Discover now