Eu Odeio Você - Concluída

Cap.58 || Welcome to Miami.

Vanessa: Já liguei pra sua irmã e ela já está no apartamento. Assim que você chegar lá, a primeira coisa que tem que fazer é me ligar, tá entendendo? – minha mãe e sua super proteção em ação. Estamos no aeroporto de Campos a umas meia hora esperando meu pai chegar com a passagem.

– Entendi mãe. – sorri e olhei impaciente para a porta de entrada do aeroporto. – Cadê o papai ein?

Vanessa: Já era pra ele tá aqui. – ela falou olhando para a entrada também. O celular dela toca momentos depois. – É ele.

Ela se afasta e eu fico olhando ela ir até Fernanda desviar meu olhar.

Fernanda: Não sei se eu fico triste por você estar indo embora por tempo indeterminado ou feliz por ter uma amiga que vai morar em Mi-a-mi.

– Vocês podiam ir também. – eu falei encarando ela e Becca. – Sabe, depois que essa loucura toda acabar.

Rebecca: Poderíamos se não tivéssemos a faculdade.

Fernanda: E as aulas já começam mês que vem. Mas quando as férias começarem, me aguarde e de preferência com um bom bourbon ao lado. – ela piscou.

Vanessa: Hugo disse que já chegou ao aeroporto. – ela se aproximou desligando o celular. – Acho melhor irmos para o portão de embarque.

– Tem que fazer o check-in ainda mãe. – eu sussurrei com duas malas na mão.

Vanessa: Seu irmão ainda deixa a gente na mão. São mais de três malas de correr. Ele devia estar aqui com a gente.

– É a prova do concurso dele. Eu não me perdoaria se ele perdesse por minha causa.

Gustavo bateu tanto na tecla que queria servir a marinha que meu pai acabou cedendo. É claro que ele não queria que Gustavo fosse do exército, mas com a minha ajuda e com a ajuda de Fernanda, ele acabou cedendo e deixou Gustavo ir fazer essa prova. E se for pra ser, Gustavo irá passar.

Vanessa: Então vamos logo lá pra área do check-in. – ela disse ríspida. E lá fomos nós quatro para a área do check-in, com mais de três malas na mão.

– Você ainda não me disse como esta se sentindo com toda essa novidade de faculdade, exército, namoro. – eu sussurrei para Fernanda. Ela suspirou e deu de ombros.

Fernanda: Estou bem. Eu quero Medicina e ele quer servir a marinha. Destinos diferentes porém se for pra ser a gente, vai ser.

– Vou estar torcendo por vocês.

Fernanda: E você e o Moore? Vão continuar com essa loucura de ir atrás do passado?

– Faz parte da nossa história, Nanda. – eu murmurei.

Como um furacão, vimos meu pai correr até nós. Ele aparentava estar bravo. Em sua mão, minha passagem voava ao relento. Me emocionei ao vê-la. Eu vou pra Miami, a ficha ainda nem caiu.

Hugo: Desculpem a demora, mas vocês acreditam que eu tive a infelicidade de esbarrar naquele moleque, filho mais velho dos Moore?

Meu sorriso se desfez. Senti uma pontada no meu peito e meu olhar se direcionou ao meu pai.

– E aí? – perguntei antes de todo mundo. Ele bufou impaciente.

Hugo: Ele me ignorou. Depois de quase ter me matado naquela mata, ele simplesmente me ignorou. – eu senti a tensão ir embora do meu peito. – Ele escondia mas eu vi, vi a passagem na mão dele.

– Caralho. – eu sussurrei. Tapei minha boca ao sentir o olhar bravo dele sobre mim. – Desculpa...e então, pra onde ele vai?

Hugo: Por que quer saber, Júlia? Se eu descobrir que...