Capítulo 4

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Marcos. Aniversario da Leticia.

Caminho ate Ana, mas meus olhos ainda estão no cara que a olha. Eu quero falar com ela, e ela não parece notar a presença do cara atrás dela. Seu sorriso fica maior quando me aproximo e eu agradeço por isso.

- Ola. - Comprimento.

- Oi. - Diz sorrindo sem graça e corando.

Parece uma boneca.

- Se divertindo? - Pergunto e me acho ridículo por não saber o que falar.

- Ah, sim. - Ela nunca deixa de sorrir.

- Me chamo Marcos. - Falo sorrindo.

- Ana. - Me estende a mão e eu a pego. Sua pele é macia e parece deliciosa. A vontade que tenho é de beijar cada parte do seu corpo.

- Quer beber algo Ana? - Pergunto e mostro a cerveja na minha mão para ela.

- Um refri, não bebo nada alcoolico. - Diz e parece s envergonhar por isso.

- Que legal. - Falo meio surpreso. É dificil encontrar mulheres da idade dela que não bebem. - Então vamos, vou te oferecer um refri. - Dou passagem para ela.

Vamos ate a cozinha e eu pego uma lata de refri para ela.

- Aqui.

- Obrigada.

- Então voce trabalha no que? - Pergunto mesmo ja sabendo a resposta.

- Ah, eu sou secretaria da Scarlet. - Diz e parece orgulhosa de sua posição.

- Hum, então se eu ligar para a agencia da loira, voce ira me atender? - Pergunto sorrindo.

- Provavelmente. - Ri sem graça.

- Bom saber.

A festa ocorre de forma rapida, Leticia sumiu, e eu não vejo Nikolas em lugar nenhum, e sei que estão juntos. Depois de consolar e quase socar a cara de Jordan, os dois não desceram mais. Converso com Christian e Ana por um tempo, logo depois eles vão embora e eu vou para minha casa.

Ana é uma menina adorável. Penso ao entrar em casa.

Vejo minha mãe no sofa da sala e respiro fundo.

- Mamãe. - Vou ate ela e beijo sua testa.

- Querido. - Me olha com reprovação. - Que roupas mais inadequadas filho.

- Acabei de voltar do aniversario da Leticia, mãe. - Resmungo me levantando e pegando um pouco de tequila no mini bar.

- Não devia beber esse horario. - Minha mãe resmunga irritada.

- E a senhora devia estar em casa, com seu marido, não na minha casa me enchendo o saco, mamãe. - Resmungo me jogando no sofa da minha sala.

- Esse linguajar é devido a sua convivência com aquele garoto, o Henrique. Ele é má influencia para voce querido.

- Somos amigos desde crianças mãe, pelo amor de Deus. - Fecho os olhos ja sentindo a dor de cabeça.

- Culpa do seu pai. Voce devia andar com pessoas como voce, com um vocabulario mais adequado.

- Nada é adequado o suficiente para a senhora.

Vejo Lily entrar na sala e sorri amorosamente para mim.

- Ira querer o jantar agora, filho? - Pergunta carinhosa.

- Ele vai sim. Esta tarde para comer depois. - Mamãe resmunga olhando para as unhas bem pintadas.

Lily me olha pedindo confirmação, apenas aceno com a cabeça sorrindo para ela.

Lily é um anjo que caiu do céu quando eu precisei. Tive que sair da casa dos meus pais, pois não aguentava mais as cobranças da minha mãe. Ela queria que eu me casasse com 19 anos, com uma das filhas de suas amigas de alta classe. O que, logico, meu pai e eu achamos loucura. Sai de casa e comprei essa casa, Lily apareceu uma semana depois pedindo emprego, o qual eu não tive como negar. Ate hoje ela cuida de mim, da minha casa, e tudo relacionado a casa. O que é bom, vendo que não tenho tempo nem para comprar comida. Lily é uma segunda mãe.

- Voce devia conhecer a filha de Margareti. Acabou de terminar a faculdade de administração. Fala cinco linguas, e é um amor de menina. Beatriz seu nome. - Minha mãe fala super animada.

Sabia que essa visita tinha algum proposito.

- Não, obrigado mãe. - Ana vem a minha mente, junto a um sorriso.

- O que? Conheceu alguem? - Pergunta curiosa.

- Talvez. - Ana pode ser uma possibilidade.

- Como ela é? Filha de quem? Herdeira do que? - Seus olhos brilham em curiosidade e interesse.

- Eu não sei. Não a conheço direito.

É o maximo que digo. Quero conhecer melhor Ana. E mesmo minha mãe se mostrando interessada apenas no dinheiro da moça eu sei que se eu quiser algo, realmente, sério com Ana, minha mãe ira me apoiar. Não é isso que as mães querem para seus filhos? Felicidade? Quero ver se existe alguma possibilidade para mim e Ana, e se houver, irei apresentar ela para meus pais.

A ideia de ter uma familia me consome. Sempre foi meu sonho. Uma esposa, filhos, um futuro feliz. Nunca encontraria isso com as filhas das amigas da minha mãe. São meninas fúteis, as quais so sabem falar sobre maquiagens, roupas de grife, e sapatos de marca. Quero uma mulher que eu possa sair a noite com ela e nos divertir juntos, que eu possa conversar sobre tudo, politica, religião, sobre a bolsa de valores, amor, tudo... Alguem que queira ter filhos comigo, que não se importe com as marcas da gestação, que se ache sexy mesmo que os peitos não estejam como antes. Que se sinta linda, para que possa a achar linda. Que seja honesta, carinhosa, companheira, e minha amiga. Que conte seus segredos, seus medos, e que nunca tenha segredos entre nos. Que escute e entenda meus medos. Que confiemos um no outro. E acima de tudo, que nos amamos a ponto de passar por cada obstáculo juntos.

Eu quero uma companheira, uma mulher que seja minha melhor amiga, ao mesmo tempo minha amante.

E uma pequena parte, uma parte lá no fundo, quer que essa pessoa seja Ana.

Ao Seu Lado. Livro 2Onde as histórias ganham vida. Descobre agora