Sabrina - Um texto de Alex BL ♥

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Mais um dia de trabalho se inicia no café

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Mais um dia de trabalho se inicia no café. Estou me sentindo livre para fazer o que quiser, sem precisar me preocupar com os gritos do chefe.
Caminho de um lado para o outro — com os fones no ouvido —, atendendo a todos os pedidos, limpando cada mesa, vivenciando diversas histórias em apenas um dia.
Alguns incessantes minutos de trabalho depois, me apoio sobre o balcão e vejo um casal tomando capucino, esbanjando felicidade e contagiando o ambiente com tamanha alegria. A garota é loira, olhos verdes e tem um estilo bem despojado. O garoto tem o cabelo curto, olhos castanhos e uma aparência agradável. E ambos estavam felizes com alguma conversa interessante. Apenas continuei apoiada no balcão, com os fones no ouvido, admirando o casal.
Sorri em meio ao nada, e Aline me chamou:
Atenda a mesa 26.
Assenti, peguei o bloco de anotações para pegar o pedido do cliente e me direcionei até onde ele estava.
Tirei os fones de ouvido e avistei um rapaz... que me fez parar por um instante e perceber o quanto ele era diferente, talvez, especial. Nossa troca de olhares foi momentânea, mas o suficiente para mostrar que existia algo de ruim entre nós: a distância.
Uma distância terrível, que nos prendia da felicidade, da forma de ver o mundo, de compartilhar coisas juntos e sentir um ao outro.
Tentei me controlar, ser eu, mas não consegui disfarçar a sensação de tê-lo.
Tentei respirar fundo, recompor as energias, manter a calma e não gaguejar, mas parecia que algo de muito importante estava prestes a ser perdido.
O que... vo-você... vai querer? — perguntei (gaguejando).
Ele sorriu, apoiou os braços sobre a mesa, fitou meu cenho franzido e tentou se ajeitar na cadeira, deixando cada vez mais os dentes à mostra.
— Quero saber o seu nome — disse ele.
Bom, eu poderia sair correndo no momento, mas preferi manter o diálogo para ver até onde iria.
Sou Sabrina... — soltei. Abaixei o olhar para o bloco de anotações, tímida, sem jeito, acho que até fiquei vermelha. Respirei fundo e voltei a fitar o rapaz. — E você, como se chama?
Ele se encostou na cadeira, cruzou os braços e sorriu.
Pode me chamar de...
SABRINA — gritou Aline.
Eu não acredito que ela nos interrompeu.
Aline se aproximou.
Estou anotando um pedido — informei, meio que irritada, e já nervosa.
Deixa que eu anoto. Vai lá limpar o balcão.
Por que eu tenho que ir limpar o balcão?
Porque esta é a sua função!
Não! — exclamei. — Eu faço praticamente tudo aqui no café.
Tudo bem, mas é que neste momento você precisa ir limpar o balcão, Sa.
Detesto quando a Aline me chama de "Sa"! Até parece que temos alguma proximidade. Somos apenas colegas de trabalho, e ponto.
Tive que ir para o balcão, sem ao menos saber o nome do rapaz.
Será que ele gostou de mim? Por que ele estava daquele jeito?
Nossa! Como eu queria ter pegado o número dele... Uma pena.
Comecei a limpar tudo. Coloquei os fones no ouvido e tentei me controlar. Fiquei com muita raiva. Mas não tinha muito o que fazer, a não ser limpar o balcão e tentar manter a ordem.
Poxa, ainda não me conformo. Como a Aline não se tocou que eu estava ali, com o cara, batendo um papo? Bom, nós não estávamos batendo um papo, foram apenas alguns diálogos, sem muita informação, mas enfim...
Melhor deixar para lá.
Continuei passando o pano no balcão, de um lado para o outro. Entrei no clima da música e até que tudo estava ficando perfeito.

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