Presa X Predador

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*Jeff*

Resolvi então "ajuda-la".

-Não sentem vergonha em importunar uma mulher a esta hora? -falei segurando o braço do cara loiro que parecia ser o líder dos três imbecis.

-Quem é você? Esta querendo morrer palhaço? -este cara realmente esta me ameaçando?

Tirei eles de cima dela e os atingi algumas vezes o suficiente para faze-los correr me chamando de todos os nomes possíveis. Ela veio em minha direção e agradeceu, mas eu não respondi e apenas saí. Passo dois, ok!

*Marie*

Agradeci a ajuda desnecessária do homem que costuma frequentar o bar. Ele me parece estranho e suspeito, porém não vejo nada além disso e isso me preocupa pois não sei como julga-lo. Confiar? Não confiar?
Não sei... eu não sei...

Ele logo sumiu e resolvi voltar para casa rapidamente.

A manhã chegou e eu já estava pronta para colocar meu plano em ação. Olhei para o espelho e falei para o meu reflexo:

-Jeff... lhe ensinarei que nunca se deve subestimar sua presa, pois uma hora ela se transforma em predador.

***

Hoje Jully não trabalhava e nem eu, então fui em sua casa. Toquei a campainha, ela me recebeu com um sorriso meio forçado e me pediu para entrar.

-Jully você irá comigo mesmo? Se não quiser eu não lhe forçarei -disse segurando suas mãos.

-Como eu poderia deixar minha amiga gravida se embrenhar no meio do mato sozinha com aparentemente um louco a solta por lá? -disse ela me olhando nos olhos, como sempre a Jully é uma fofa -E além do mais, você é foda para carai por que temer?

-Eu te adoro garota - falei sorrindo -Conseguiu as coisas que lhe falei?

-Consegui, uma esta presa na minha bota outra na minha cintura e a bola de cristal que estava no porão da casa dos meus pais esta aqui -ela apontou para cima da mesa.

Nos preparamos logo e em poucos minutos partimos, resolvi ficar com a bola de cristal na minha bolsa. Nosso objetivo era o livro de magia da minha família que se encontra na antiga casa que pertenceu a minha bisavó no meio da floresta.

Até perto da entrada da floresta fomos de carro e o resto teríamos que ir andando mesmo. Seguimos pela trilha até ela acabar e agora teria que ser guiada pelos meus instintos e lembranças.

-Jully, a partir de agora, não olhe nos meus olhos, para o seu bem -falei e ela assentiu.

Me abaixei e coloquei a mão sobre o rosto, fazer isso forçadamente é horrível e doloroso, mas era necessário. Depois de alguns segundos meus olhos tomaram a coloração vermelha. Me levantei e assobiei alto e um corvo posou no meu braço a Jully provavelmente ficou surpresa.

-Marie, o que? -ela perguntou.

-Nos mostre o caminho -falei e o corvo voou para  algum lugar a frente de nós -Bom o caminho é o da frente, o resto é comigo.

Assim fomos andando até chegar a velha casa da minha família.

*Jeff*

De manhã, estava caminhando pela beira da estrada quando vi um carro parar já na entrada da floresta. Uma mulher loira e alta vestida em uma roupa que deixava bem claro que iria entrar na mata desceu e em seguida me surpreendi ao ver  minha presa deliciosa que usava um vestido longo bem inconveniente para ela correr, o que essa mulher estar pensando, quer mesmo morrer não é?

Deixei elas irem,  apenas as  seguindo de longe. No fim da trilha elas pararam e um corvo apareceu, estou começando achar que esta mulher é uma bruxa porque em torno dela só acontece coisa estranha, mesmo que eu não acredite nisto. O corvo foi embora e elas seguiram andando em frente, até chegar em uma velha casa que eu já tinha visto antes, porém resolvi ficar distante.

*Marie*

Abri a porta da casa e liguei a lanterna que Jully havia levado. Tudo estava no mesmo lugar de quando eu era mais nova, graças a magia para afastar as pessoas.

Não perdi tempo. Sei que estou sendo seguida. Empurrei Jully para dentro da casa e a mandei busca o livro que estava no pedestal do quarto, e como eu imaginava ele apareceu.

-Seja muito bem vindo querido -sorri ao ver o machado em sua mão.

Ele estava de máscara e capuz. Sem dúvidas ele estava irritado, avisei para Jully não se mexer e que fosse mais para direita. Ela obedeceu segurando o livro em suas mãos e muito assustada com o "Jeff". No momento em que eu dei um passo a frente ele arremessou o machado nela e eu  parei o segurando pelo cabo e sorri.

-Jeff, você é bem melhor que isto -realmente eu sei como o provocar, mas sou ruim para me concentrar rápido. Ele correu em minha direção com uma grande faca na mão e tentou me atingi, esquivei com dificuldade e falhei em ataca-lo com o machado o que me custou uma grande faca cravada no ombro. Beleza. Um braço inutilizado, demora muito tentar regenerar e fugir é a melhor opção, mas como?

-Marie! -Jully gritou ao fundo e vi que ele foi na direção dela.

-Ah senhor Jeff, você não vai me tirar mais ninguém! -Joguei o machado nele, mas o filho da mãe desviou. Minha opção agora era esta! -Você não vai mesmo.

Levantei o vestido, saquei a arma que pedi emprestada ao chefe e atirei no assoalho aos pés de Jully que o fez ceder e ela caiu no porão como minha mãe falou uma vez.

-MARIE! -ela gritou ao cair.

-É Jeff, agora somos apenas só  nós dois -falei apontando a arma para ele tentando me concentrar mesmo com a dor e o sangue que escorria descontroladamente do meu braço.

O peso do destino - [Jeff The Killer] (Concluído/Revisão)Onde as histórias ganham vida. Descobre agora