The Destiny - Camren (Intersexual)

Cap. 7 A Culpa Não é Sua

POV CAMILA

Logo após Vero me soltar eu sair de casa correndo e fui em direção ao meu carro destravando-o e entrando nele logo em seguida, dei partida no carro e eu não tinha ideia pra onde eu iria uma hora daquelas, já que eram exatamente 00:10. Continuei dirigindo até encontrar uma boate movimentada, decidi parar ali e estacionei o meu carro no estacionamento. Entrei no local e já podia ver muita gente bêbadas, dançando, se agarrando...

Estava sentada em uma mesa e já tinha tomado umas três garrafinha de Ice, eu já estava um pouco tonta e para não ficar bêbada muito rápido, me levantei da cadeira e fui pra pista de dança, estava tocando uma música muito boa e eu comecei a dançar.

Comecei a me mover no ritmo da música, eu rebolava, jogava os meus cabelos pro lado e pro outro... Eu continuava dançando ali no meio da pista de dança, quando sentir alguém se encostar em mim, me virei e pude ver que era um homem com os cabelos loiros e os olhos azuis. Olhou pra mim dizendo:

- E ai gostosa? (Eu fiquei sem jeito pelo modo que ele falou comigo) - Não vai responder não? (Como eu não respondi nada, ele continuou) - Meu nome é Machine e o seu?

Para eu não parecer uma pessoa mal educada respondi:

- Camila (Disse simples)

A música ainda tocava no ambiente e o tal do Machine me agarrou e começou me forçar a dançar com ele, tentei me afastar mais ele era alto e forte, apesar de ser magro.

- Acho que já deu pra mim, vou me sentar (Tentei sair dos braços dele, tentativa falha) - Pode me soltar?

- Não gatinha quero aproveitar esse corpinho aqui hoje (Falou ele batendo em minha bunda)

Eu já estava ficando com um pouco de medo, vai saber o que aquele homem queria comigo, ele estava muito bêbado e com os olhos totalmente vermelhos. Fiz um pouco mais de força e o empurrei me saindo rapidamente dos braços dele. Ele foi mais rápido e me agarrou pelos braços novamente e eu comecei a gritar:

- ME LARGA

- Não antes de eu entrar dentro de você e dessa sua bunda maravilhosa.

Me desesperei quando ele começou a me arrastar pra algum canto, eu fiquei desesperada sem saber o que fazer, ninguém me ouvia todos estavam curtindo e a música continuava alta de mais para alguém me ouvir. Quando o homem me imprensou contra a parede e já ia me agarrando, alguém puxou ele com tanta força que ele foi direto ao chão. Quando os meus olhos desesperados se direcionou aos olhos verdes eu agradeci mentalmente por aquela pessoa ter aparecido no meu caminho.

- Você está bem? (Não consegui responder) - Você está bem moça? (repetiu a pergunta)

Quando eu pensei em responder a pessoa que me salvou, o homem que estava jogado no chão se levantou rapidamente no impulso e deu um soco no rosto da mulher. Eu fiquei em choque, a mulher olhou pra ele com muita raiva e logo em seguida foi pra cima dele dando-lhe um soco também. Eu estava sem saber o que fazer vendo os dois brigando, eu estava desesperada comecei a gritar por ajuda, mais ninguém se movia pra nada os que estavam ao redor da briga pareciam gostar de ver aquilo.

- SEU FILHA DA PUTA (Gritou a mulher de olhos verdes) - COMO VOCÊ TEM CORAGEM DE TENTAR ABUSAR UMA MULHER INDEFESA SEU MERDA (Continuou gritando e dando-lhe mais e mais socos pelo rosto do tal Machine)

A moça de olhos verdes que eu se quer sabia o nome ainda, estava por cima do corpo magro do homem deferindo socos na cara dele com muita raiva. Eu me aproximei dela e toquei em seu braço, pedindo pra ela parar. Ela me olhou e disse:

- Parar? Ele quase abusou de você, se não fosse eu sabe-se lá o que teria acontecido com você.

- Obrigado! Mais pare, eu não quero que você se machuque. Você já fez de mais me salvando e ele já teve o que mereceu. (Falei aos choros)

A mulher se levantou de cima do corpo do homem que estava jogado no chão sem forças alguma e todo ferido. Ela virou pro homem olhou nos olhos deles e disse:

- SEU MERDA, SAIBA QUE NUNCA SE DEVE FAZER ISSO COM UMA MULHER (Esbravejou dando um chute no homem em seguida) - SE VOCÊ CRUZAR NO MEU CAMINHO A PRÓXIMA VEZ, SAIBA QUE VOCÊ É UM HOMEM MORTO (Deu-lhe outro chute nele e depois se virou para mim)

Ela segurou em meus braços me guiando até a saída daquela boate. Fomos em direção ao estacionamento e paramos em frente a um carro, eu continuava chorando pensando em tudo aquilo que havia acontecido. Se essa mulher não aparecesse ali naquela hora, aquele homem teria abusado de mim. A mulher de olhos verdes olhou pra mim e repetiu a mesma pergunta que ela havia me feito lá dentro.

- Você está bem?

- Agora sim!

Falei entre soluços e por um impulso abracei aquela mulher fortemente, fiquei ali por alguns segundos logo depois me afastando e dizendo:

- Eu nunca vou saber como lhe agradecer, você nem ao menos me conhece e me salvou, obrigado! Se não fosse você eu não sei o que seria de mim naquele momento.

- Eu faria aquilo por qualquer outra pessoa, eu jamais ia ver uma barbaridade daquelas na minha frente e não fazer absolutamente nada. (Falou ela) - Eu deveria ter matado aquele miserável.

- Não ia levar a nada você se sujar por aquele homem e por minha causa.

- Ei, a culpa não é sua. Não se culpe ok?

- Ok

Nós duas estávamos ali parada em frente ao carro que provavelmente era dela. Ela olhou bem nos fundos dos meus olhos e falou:

- Vem, vou te levar para casa (Ela pegou nos meus braços, me levando em direção a porta do passageiro)

- Não! (Falei parando ela) - Eu não quero ir pra casa.(Eu não queria ver Vero, não agora)

- Então pra onde eu devo te levar?

- Lugar nenhum, você já fez de mais por mim. Eu estou com o meu carro logo ali. (Falei apontando para o meu carro)

- Se você acha que eu vou deixar você dirigir nesse estado, você está completamente enganada.

Ela abriu a porta do carro e me pedindo para entrar, não queria discutir com a pessoa que salvou a minha vida então entrei no carro sem falar mais nada. Ela fechou a porta, logo em seguida deu a volta no carro e entrando no banco do motorista, dando partida. Encostei a cabeça no banco do carro e fiquei ali pensando em tudo o que havia acontecido.