Zona de Conforto

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Oi gente, desculpem o atraso nas postagens de Dois.

Mas quem me vê no grupo do "Zap" sabe a quantas andam minha vida....

No entanto, não vou abandonar esse projeto que correspondem a mais 2 histórias curtas, como contos, com alguns personagens que aparecem nas histórias Simples, Complexus e Intermedium.

Espero estrelinhas e Comentários.

Beijuuuss

SEM REVISÃO.

CAPÍTULO HOT... ;p

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Eu? Eu?

- Co-como – eu respirei.

Moisés me encarava sério, roçava os lábios um no outro, segurando sua raiva momentânea.

Raiva? Sim, quando ele está com raiva ela faz isso. São muitos anos conhecendo este vaqueiro e sei que ele estava se contendo.

Mas qual motivo? Eu que deveria estar com raiva, afinal eu que sou objeto do acordo deles, sem ter nenhuma noção do que se trata.

Eu ia abrir a boca, quando fomos interrompidos:

- Com licença Dona Suzane?

Olhei para o lado e o Tião estava do outro lado com o chapéu na mão, mostrando certo receio em se aproximar.

- O que foi? – disse em um rompante. Quando percebi sua expressão, percebi que tinha que me controlar.

- Desculpa.... Tião...- respirei fundo... Me desculpa.

- Desculpa Dona...É sobre o pagamento, sei que a senhora está ocupada com o Zés...

Balancei a cabeça dispersando o sentimento pesado.

- Ai, Tião – me levantei – você é que tem que me perdoar. Você tem nada com isso, é que algumas coisas me tiram do sério....

Segui até o balcão, do outro lado do barracão. É lá que eu despacho os trabalhadores.

Depois de uns minutos, o Moisés veio para o meu lado.

É sempre assim, né? Ele me ajuda a registrar os dias de trabalho, fechar os valores pagos e dirimir divergências.

Olhei para o outro lado e o Roberto me olhava sério, engolindo a cerveja.

Concentrei-me no trabalho, liberando todos. O Tião me lembrou do aniversário de sua filha, 15 anos e seria um evento amanhã à noite.

Anotei no celular a compra de um presente para a menina. Se eu não encontrasse nada, daria uma das novilhas nascido há dias. Terminei o que tinha em silêncio e notei que o Roberto saiu com alguns peões para o açude, para pescar se refrescar. Isso me daria tempo para conversar com calma com o Moisés.

- Quando terminares, me encontra na sede. Precisamos conversar.

Sai do barracão levando a pasta de pagamentos para arquivamento.

Não tinha um escritório, meu avô colocou em um canto na grande sala de jantar uma escrivaninha, com uma estante antiga de madeira que estavam arquivados os livros contábeis da fazenda, acordos e contratos, fichas de trabalho, controle dos animais. Com a era digital o volume dos papéis diminuíram em 2 anos, mas não me desfaria nunca das anotações de meu avô e meu pai.

DoisWhere stories live. Discover now