Lotes

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Hehehehehe

Próximo capítulo bem hot.... quem tiver paciência de aguardar.

O que será que vai acontecer???

Beijuuss

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O leilão ocorreu sem maiores problemas, um aperrengue aqui, outro ali, mas nada que não fosse contornável.

Os lotes prontos foram bem arrematados. Um deles acabei trocando por novilhas de leite. Precisávamos de vacas novas para repor. O Moisés gostou muito de umas peças de um criador do sul que veio exclusivamente para este leilão.

Quanto aos potros do Negão, fiz questão de negociar pessoalmente. Ainda fechei com outros dois criadores a venda do sêmen do garanhão.

Ele é um cavalo árabe, que meu pai trouxe do Uruguai para montaria. Ele o adorava, mas não sabia que Negão era uma mina de ouro. Com os cuidados e consultoria certa, estamos colhendo bons frutos com ele.

O Moisés estava atento à toda negociação que envolvia nossas propriedades. Ele e seu pai estavam bem empolgados com os lances de seus lotes e pareciam satisfeitos com o dinheiro arrematado.

Seu Firmino depositava em Zés, seu único filho homem, a esperança de ver sua fazenda crescer e ser uma das maiores da região. Na verdade a unificação de nossas propriedades faria isso acontecer do dia para noite.

Eu e o Moisés conversamos sobre isso algumas vezes e estretaríamos nossa parceria, através de contratos mais sólidos. Isso soou como um matrimônio. Engraçado que em outro século, isso seria selado, naturalmente, com um casamento, entre eu e ele.

Mas estamos no século XXI e meu envolvimento com o Zés, por enquanto está fora dos padrões convencionais de qualquer sociedade moralista. Falando nisso, o Roberto além de estar ajudando os peões se divertia com o desenrolar do leilão. Ele gostava muito da área de negócio e o vi conversando com uns investidores e gerentes de bancos que patrocinavam o leilão.

- Os papéis serão reconhecidos no cartório esta semana ainda, senhor Cândido – disse para um jovem senhor à minha frente que acabara de assinar o recibo de compra de um dos potros do Negão.

- Mas poderemos o levar hoje, certo?

- Sim, senhor, procure o Tião no estábulo e dê o número do potro... A pasta com toda vida veterinária do filhote será entregue junto.

- Muito obrigada, Dona Suzane, minha filha está ansiosa, ela sabe que seu presente seria este cavalo negro.

Sorri em imaginar a felicidade de uma menina de 11 anos, que tinha começado a montaria a pouco tempo.

- São cavalos dóceis, se receberem o tratamento adequado.

Ele apertou minha mão e deu a volta em seu corpo feliz da vida com a compra.

- Muito dinheiro? – a Bri tomou o meu celular que estava com a página do banco aberta, confirmando a transferência de valor da venda do potro.

- Ai.. sua enxerida – tomei o celular de volta.

- Muitos zerinhos....

- Que pagarão parte do custo do veterinário desse lote. Tô morta!

Ela deu uma gargalhada.

- Não é por menos, dá conta de dois cabras gostosos ontem e negociar com um bando de velhos babões hoje.... Seu Inácio não tirava o olho.

- Arrgggghhh já tinha discutido com ele dias atrás, me desfiz os negócios do tempo de vovô.

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