Sexta, 21de abril de 2017
" Constança, esse aí é o Afonso, o que está ao lado do Afonso é o Rui Pires e este aqui é o João Tavares"- apontou para os respectivos
" Olá, prazer"- sorri olhando em simultâneo para os 3 rapazes que me foram apresentados
Ficamos ali a falar das mais variadas coisas, desde futebol, a basquetebol e assim como muitas outras coisas.
" E tu não nos contas nada??"- o Rui Pedro encarava-me- " Quase nem falaste"
" Não estou nos meu dias"- dei-lhe um sorriso
" Antes da reunião estavas bem"- o Rui Pedro olhava-me confuso
" Tive uma pequeno desentendimento na reunião e sinto culpada"- sorri fraco
" Isso é normal, não te tens de sentir minimamente culpada"- deu uma olhar complacente
" Estão a ver é por isso que eu não faço nada da vida"- o Afonso fez toda a gente gargalhar-" Não tenho chatices com ninguém e não deixo me afetar pelo meu trabalho"
" Eu adoro o que faço, mas por vezes fico cansada das minhas próprias rotinas"- sorri
" O que é que fazes??"- o Rui Pirei olhou para mim
" Sou economista, mas estou a trabalhar como gestora hospitalar "- falei e de seguida bebi mais um pouco de sumo
" Quer dizer tu és a dona daquilo"- Rui Pedro falou e os outros olhavam para mim espantados
" Dona não, possível herdeira"- brinquei um pouquinho, mas mesmo assim era verdade
" Que diferença"- sorriu o João Tavares que ainda quase nem tinha falado
" Sabem a cadeia de hospitais que patrocina o FC Porto??"- Rui Pedro falavam olhando para os amigos
" Claro que sabemos, está sempre a passar publicidade lá no estádio"- falou Afonso
" Pronto, ela é a "possível herdeira" daquilo tudo"- Rui Pedro completou o seu raciocínio
" Eish, quem casar contigo vai bem de vida"- todos nós rimos da intervenção que o Afonso fez
" O dinheiro não é tudo Afonso"- parei de gargalhar e olhei para o Afonso
" Mas ajuda"- retorquiu ele
" Claro que ajuda, mas olha vou-te dar um exemplo"- fiz uma pousa para ganhar coragem para falar de um assunto que ainda me atormenta-" A minha mãe morreu há 2 anos, a partir daí nunca mais vi um sorriso genuíno na cara do meu pai, nunca mais ouvi aquela gargalhada que só era causada pela minha mãe, nunca mais tive o pai que me criou, achas que o dinheiro paga isto??"- toda a gente ficou a olhar para mim, eu já tinha lágrimas nos olhos
" Não sei o que dizer"- o Afonso olhava-me com uma certa dor
" Nenhum dinheiro me trás a mãe de volta nem o sorriso do meu pai, por isso o dinheiro só ajuda nos bens materiais"- sorri recompondo-me
" Tens razão"- sorriu fraco- " Desculpa"- ouvi aquilo quase em sussurro
" Oh, não há cá desculpas nem meias desculpas"- sorri tentando apaziguar os ambiente- " Vou pedir mais umas cervejas para vocês que eu pago"- sorri-lhes
" Assim é que se fala, mas eu não bebo"- gargalhou o Rui Pedro
" Pedes outra coisa"- sorri
Olhei para o relógio e já eram 19h, lembrei-me logo que as 20h o André iam-me buscar...
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I CAN'T |A.S|
RomanceA chuva caí no vidro da janela, mas nós estamos escondido num lugar seguro. Deitados na cama há espera que a tempestade passe, só nos os dois nos mantemos secos e quentes. Ele dá-me sentimentos que eu adoro...