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Domingo, 24 de dezembro de 2017

Bom dia, bom dia, bom dia... Véspera de natal e não podia estar mais feliz. Adoro o Natal para dar prendas, este ano acabaram-se as viagens com a família nestes dias e muito pelo contrário do que acontece em anos anteriores, este ano são bastantes a passar o Natal a casa da família do André. Vai estar lá os pais dos irmãos Barata, os irmãos Barata, os pais dos irmãos Silva e os irmãos Silva, os avós do André, os irmãos Vieira, os pais dos irmãos Vieira e depois eu é o mais novo membro da Família Silva.

" Bom dia"- cheguei radiante perto do André que tomava o pequeno almoço sozinho na cozinha

" A que se deve tanta felicidade??"- o meu namorado depositou um beijo nos meus lábios

" Adoro o Natal"- falava encantada-" Quando eu era criança detestava porque tinha que esperar pela meia noite, o que era quase impossível porque acabava sempre por adormecer, mas depois as perdas que fui tendo ao longo da minha vida ajudaram-me a aprender a valorizar mais estes dias"- falava enquanto ia começando a fazer o pequeno almoço

Passamos pela casa do André para ir buscar as prendas que ele comprou para a sua família e também para ir buscar o Silva Júnior.

" Bom dia, bom dia"- o Afonso começou a falar alto quando entro para a parte de trás do carro

" Até o teu sobrinho reage à tua voz"- senti os pontapés do meu filho

" Deixa-me sentir"- debruçou-se só os bancos da frente e colocou a mão sobre a minha barriga

" Coloca o sinto e deixa de tocar na minha namorada e no meu filho"- entrou dentro do carro depois de colocar as prendas todas na mala

" Que mau"- o Afonso fingiu-se de zangado

A viajem foi tranquila, eu só me ria com o Silva mais novo. Só contavam piadas sem piada, mas só de ouvir o seu riso dava vontade de rir.

" A filha conta a novidade à mãe:
- Mãe, estou grávida.
A mãe, confusa, diz:
- Então eu não te disse que quando um rapaz te mexe nos seios dizes não e quando te mexe na vagina dizes pára?!
Explica a filha:
- É verdade! Mas é que ele estava a mexer nas duas coisas ao mesmo tempo e eu bem que gritava: Não pára, não pára!"- o Afonsinho partiu-se a rir e eu ria igualmente

" Já não estas a ter piada nenhuma"- o André que mal falou durante a viagem falou seco

" Então não estás a ouvir bem"- olhei para ele e falei rude

" E tu sempre na defesa"- suspirei pesadamente e semi serrou o maxilar

" Menos André, muito menos"- falei uma pouco mais alto que o normal, devido ao meu estado de fúria-" Tu ultimamente andas completamente irreverente, já ninguém tem paciência para te aturar"- suspirei o sentido o moreno a olhar para mim

" Falou, tu é que estás sempre a exigir de mim, " André, podias ir comprar gelado", "André, chega-me o telemóvel", agora e sempre o André"- gritou e tentou imitar a minha voz

" Mas tu queres o quê??"- gritei igualmente-" Pensas que és o único que andas cansado?? Desculpa dizer-lhe, mas cansada estou eu"- suspirei gritando-" Mas sabes André, a única coisa que nos une é o nosso filho, por isso não te posso prender, nem quero e sendo assim podes ir embora quando quiseres"- olhei de lado para ele e vi que estava tenso

" Para ti é tudo tão fácil"- falou de uma forma fria

" Claro que é fácil, somos casados?? Nao, não somos e por isso mesmo podes ir embora quando quiseres, não precisas de estar comigo para seres pai, por isso não o faças por obrigação"- não queria estar a ter esta conversa em frente ao Afonso, mas o que ele me disse não se diz

I CAN'T |A.S|Where stories live. Discover now