Capítulo 2 - Segredo

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Apoiou a cabeça no mármore frio, fazendo a mesma ter um choque térmico e levantar a cabeça rapidamente.

— Eu não deveria ter dormido tão tarde. — murmurou, incerta do que aconteceu ontem era o que ela tinha entendido mesmo. Tentou até mesmo ligar pra ele,  já que o idiota além de ter deixado uma Marinette brava e totalmente desnorteada sequer falou quem era.

Não podia acreditar que qualquer um tinha descobrindo sua identidade secreta. Estava rezando que tinha entendido errado a mensagem e ficar rindo depois de bloquear e nunca mais conversar com ele. O que era pouco provável.

Se levantou da mesa e pegou sua bolsa colocando alguns cookies dentro aleatoriamente.

Se despediu do seus pais e andou lentamente até o colégio, passos pequenos e desajeitados. Tentando recompor seus pensamentos.

— Eu falei pra você parar de conversa com ele. —- uma voz fina e abafada pela bolsa lhe advertiu. A garota esfregou os olhos azuis, revirando-os logo após. Estava de mal humor.

— Eu parei, você sabe que eu parei. — sussurrou, enquanto atravessava a rua após olhar duas vezes para ver se um carro estava vindo. — Apenas não consegui dormir...por causa da prova.

Deu a desculpa fajuta e viu Tikki se calar,  como se soubesse que estava chegando perto da escola. Esfregou os olhos novamente,  tentando se manter acordada apesar de tudo.

Avistou sua amiga conversando abertamente com alguém. Pelo ângulo, não conseguiu ver quem era creiamente por isso ignorou,  abaixando a cabeça e indo até a mesma.

— Marinette! — exclamou Alya, chamando a atenção de pessoas alheias que passavam por perto. A ruiva se jogou e a azulada que não esperava nem um pouco essa reação quase caiu pra trás com o peso da amiga em seu ombro. — Você está com uma cara horrível.

— Obrigada. — a azulada revirou os olhos rindo. A ruiva retribuiu o sorriso e saiu do campo da sua visão e quase se engasgou ao avistar o seu futuro marido, com a mão sobre as madeixas loiras.

— Me agradece depois. — empurrou a garota para mais perto do Agreste. Piscou em seguida e quando ia sair e deixar a menor sozinha,  recebeu um olhar de reprovação da Cheng. O que ela menos queria agora era ficar sozinha com ele, por pura preocupação em fazer idiotices.

— Oi, Mari. — a chinesa puxou o ar e encarou ele com um imenso sorriso. Não acreditava a que ele tinha lhe chamado pelo apelido. Acenou com a mão. Já se preparando mentalmente para a conversar perfeita.

— Oi, Adrien! — engoliu o seco, e quando ia puxar assunto inicial o sinal bateu. Bateu?  O olhar de indignação da Marinette estava estampado no rosto dela. Alya riu tentando acalmar a amiga desse deslize.

Mari entrou na sala e se sentou no seu lugar sendo acompanhada pela Alya.

A aula ocorreu bem, infelizmente, tinha quase certeza que saiu terrivelmente horrível na prova. Mas fazer o que, a vida continua.

Sentiu algo cutucar sua perna e encarou sua bolsa, vendo Tikki se remexendo. Seu celular estava vibrando. Pegou sua bolsa e disfarçadamente segurou seu celular, pensando em desliga-lo para não ter problemas mais tarde com a professora. Mas por tentação do destino, Marinette viu a notificação e foi quase impossível não ficar curiosa.

Desconhecido: Quantas mensagens! 13:26, online.

Desconhecido: Depois se diz que não estava interessada. — 13:26, visualizado.

A azulada encarou a mensagem e sentiu suas mãos pesarem. Diminuiu a luz do seu celular e escondeu entre suas pernas, escrevendo algo qualquer.

Marinette: É claro, depois de deixar aquela mensagem confusa. Insinuando que eu seja a Ladybug. — 13:28, visualizado.

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