Capítulo 8 - Joaninha Masoquista

5.2K 517 835
                                    

— Quem é esse Uma Pessoa? — sussurrou,  se deliciando com a expressão assustadora da menor. Se inclinou um pouco,  o suficiente para ouvir um resmungo de desaprovação da azulada.

— Chat Noir! — a Marinette suplicou para ele não se atrever a ler porém o olhar perdido da azulada foi respondido com um de desafio da parte do loiro. Ele tava realmente afim de descobrir como é a morte.

— Posso buscar hoje,  minha encomenda? — começou a ler as conversas em voz alta e Marinette ruborizou ao se lembrar das conversas que tivera com ele. — Marinette: Tanto faz mozão, vem pra minha casa agora e me fo...aí! — recebeu um tapa da azulada ao perceber que ele estava falando coisas que nem escrita estavam.

— Okay, okay, sem palavras obscenas. — sorriu pra Marinette que tentou puxar seu braço para baixo, mas ele simplesmente ignorou o puxão,  como se um mosca tivesse tentando o empurrar e falhado miseravelmente. Marinette bufou ao perceber que ele não era tão forte assim enquanto lutava contra akumas,  e isso a fez perguntar a ela mesmo se era a Ladybug ali ou uma fracote sem noção de força.

Pelo movimento que seus braço direito se mexia na tela do celular, parecia que estava rolando as mensagens lentamente,  lendo tudo atentamente e quando Marinette ia abrir a boca para bufar ele parou parou subitamente deixando seu sorriso alargar.  — Joaninha Masoquista?

Ele riu e Marinette recuou,  ruborizada.

Marinette fechou os olhos fortemente e tentou se lembrar quais mensagens tinha conversando com o desconhecido, a primeira coisa foi sua identidade e depois a confissão do eu te amo Chat Noir.  Se ele visse essas duas coisas,  sua vida estaria arruinada. Maldita hora para esquecer de apagar as mensagens.

Se debruçou sobre o herói que levou as mãos até a cintura dela,  confuso. Achando que a mesma tinha desmaiado e antes mesmo de perguntar se ela estava bem, caiu sobre o chão e sentiu o celular ser arracando da suas mãos.

— Aha! Peguei meu precioso. — beijou a tela do celular,  encarando o mesmo como tivesse acabado de ganhar uma partida importante. O mesmo riu. — Você parece um palhaço do tanto tanto de ri.

O loiro ignorou a provocação.

— Estava na parte mais interessante da conversar. — girou os olhos verdes, Marinette ignorou e desligou o celular. — Já sabia que você me amava,  pois como não me amar,  mas ver você falando pra outra pessoa...

Idiota Convencido!

Os olhos azuis se arregalaram virando lentamente para ele,  na defensiva.

— Você sabe que é uma brincadeira, né? — se apoiou em uma perna, enquanto estendia uma mão para o Agreste, cujo está transformando ainda, para o ajudar a se levantar.

— Não sei, mas posso dizer que meu coração falhou uma batida quando eu li. — sorriu, beijando as costas da mão da Marinette e depois se levantando.

Os olhos verdes encaravam os seus e só aí percebeu que teve um leve espasmo sobre seu olhar. Se sentia tão safada por imaginar fantasias com apenas esses olhos a encarando. Ela só tinha conversando com ele duas vezes formalmente e olha só!
Isso não é amor, não é mesmo. Talvez seu corpo esteja teimando com ela só porque Chat Noir sempre esteve perto desde que virou Ladybug. Ele estava mais pra amigo companheiro, e mesmo assim seu corpo se nega a aceitar isso. 

Que bela amizade colorida.

Talvez estivesse realmente desnorteada da cabeça por ouvir seus pensamentos se contra atacarem a sí. Sim,  estava enlouquecendo, só podia.

Suspirou e desviou o olhar, enquanto apertava seu roupão mais pra sí.

— Você faz isso com todas que visita? — riu,  mesmo um pouco sem humor,  e fitou seus olhos novamente demonstrado que não dava muito bola pra essa conversa. Mesmo sendo ela que esteja puxando um novo assunto, mas era para apenas esquecer um pouco suas próprias loucuras. Seu tom ficou  humorado. — Quase estrupar elas no mesmo quarto?

Chat Noir se engasgou. Droga,  isso não estava em seu planejamento. Na verdade,  nada do que aconteceu hoje estava em seu planejamento. Mas fazer o que né,  é a vida.

— Com todas que eu visito...? — sussurrou, o suficiente para que chegasse nos ouvidos da Marinette. — Você foi a primeira e talvez a única,  Marin.

Franziu o cenho, suas pernas estavam cansadas.  Já deveria estar dormindo e não estava gostando da aproximação do Chat Noir em sua vida. Mal acabará de fazer 15 anos e tudo isso já estava acontecendo.

Adrien — Desconhecido — Chat Noir

Que belo triângulo amoroso.

Negou com a cabeça ao perceber que os tinha chamado de triângulo amoroso.

— Está pensando muito, Cheng. — não percebeu a aproximação repentina do herói e quase bateu sua cabeça no peito dele. — Ainda quero saber quem é essa tal pessoa que está conversando. — fez bico e se auto glorificou por ser tão bom em mentir de vez enquanto.

— Também quero saber. — pensou em voz alta e quase deu um soco em sua própria cabeça.

— Uou, Marinette. — sorriu divertido e a azulada já se preparou para a onda de provocações. — Não sabia que estava tão na seca a ponto de conversar com alguém que nem conhece, o Adrien não está te dando atenção?

Fingiu que não ouviu,  mas o rubor que cresceu em seu rosto denunciou tudo. Porque ele tinha que colocar o Adrien assim tão exposto.

— Se quiser eu posso conversar com o Adrien pra virar macho quem sabe. — resmungou ao perceber que estava falando de sí próprio, ainda não sabia que Marinette realmente gostava dele como Adrien, mas sempre se deparar com as bochechas rubras toda vez que tocava no nome dele estava o incomodando por ela não ficar assim quando cita o nome do Chat Noir.

— Não estou tão na seca, assim. — se forçou a olhar pro Chat Noir que sorriu maliciosamente. Não era tão fraquinha, para apenas ela receber provocações, também deveria revidar.  Mesmo sendo péssima nisso.

— Depois me chamam de convencido. — Marinette desabou a cabeça, pensando seriamente se cometer suicídio seria a melhor maneira. —  Viu como somos perfeitos,  juntos? Que tal esquecer o Adrien e esse carinha aí? Poderíamos nós casar e ter um filho chamado Marichat.

Marinette quase se engasgou enquanto ria baixinho das incredulidades que Chat dizia.

— Viu? Já fiz você rir, Marin. — levantou a cabeça da garota fitando o belo par azuis inquietos. — Duvido que o Nat....uns carinhas fazem isso. — se auto repreendeu ao quase citar o nome do Nathaniel,  talvez fosse realmente ciumento, mas estava pouco se fodendo. Não queria ver ninguém tocando na sua Marin,  mesmo que fosse apenas um aperto de mãos.

— Então continue se iludindo.  — provocou de volta e Chat negou com a cabeça rindo.

— Não acredito que achei você inocente. — proferiu vendo a mestiça arregalar os olhos em reprovação, fazendo um bico quase irresistível.

[...]


MensagensWhere stories live. Discover now