Capítulo 5 - Assinatura

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Apoiou sua mãos no parapeito da varanda,  seu olhar se distanciava cada vez mais, e apoiando sua cabeça no seu ombro, suspiro, vendo como Paris era tão silenciosa a noite. Já deveria estar dormindo, dormido a muito tempo atrás.  Já se passava de meia noite, mas incrivelmente não estava preocupada ou histérica por saber que amanhã tem aula e que nem tinha pregado seus olhos ainda.

Contornou seus olhos pela cidade, uma última vez. Deu um passo pra trás pensando em como cairia no sono rapidamente. Se sentia observada, por isso queria rapidamente sair de perto. Não que ela fosse medrosa,  só não queria se angustiar tanto.

Antes de abrir a portinha que dava para seu quarto sentiu uma mão rodear sua cintura enquanto outra tampava sua boca. Os olhos azuis se arregalaram, comprovando o que estava sentindo, começou a bater as mãos histericamente.

— Marinette, Mon Dieu, Marinette,  calma! — apoiou seu queixo no ombro da Marinette, soltando sua boca. A menina se encolheu, percebendo como essa voz era familiar.

— Chat Noir?! — levantou sua cabeça ao loiro que tinha os olhos refletidos num verde intenso. A vida estava de brincadeira com ela,  né? Depois de todas aquelas mensagens com o desconhecido...

Ruborizou,  abaixando os olhos rapidamente, tentando se soltar das garras do gato que afrouxaram ao perceber da atitude da garota.

— O que você está fazendo aqui? — perguntou, encarando ele séria. Quase revirando os olhos, tentando se esquecer totalmente da conversa que tivera mais cedo sobre "Eu te amo,  Chat Noir."

— Estava andando calmamente pela cidade,  quando eu avisto um bela dama, ainda acordada. Fiquei preocupado,  então decidi ver o que estava acontecendo. — sorriu fofo,  encarando a mestiça que cruzou os braços, ligeiramente irritada. Seu coração ainda estava acelerado por causa do susto.

— Estou perfeitamente bem... — fitou o loiro que continuava com o seu sorriso no rosto, não percebendo que a garota queria que ele saísse rapidamente da sua vista.

— Ainda bem. — apoiou seu bastão,  encarando o braço engessado da azulada. — O que você fez aí?

— Arh? — olhou pro seu braço e negou com a cabeça. — Nada de mais,  apenas torci. Já já,  irei retirar.

Tentou encerrar o assunto, esperando que o Chat entendesse isso e fosse embora.

— Que terrível. — fez bico. — Posso assinar?

— Quê? — não entendeu de primeira.

— Assinar o gesso,  Marin. — a mestiça recuou, assentindo com certa aflição,  explicar para a Alya como a assinatura do Chat Noir chegou ali seria um pouquinho difícil. O loiro se pôs a escrever e no final,  colocou sua assinatura com vários coraçãozinhos em volta, o que a azulada achou totalmente desnecessário,  mas apenas assentiu sem falar nada.

— Sua assinatura é bem específica. — encarou o mesmo debochadamente,  sorrindo de lado.

"☆♡De Chat Noir, o herói mais perfeito, amado e forte de Paris♡☆"

Sua letra era perfeita,  até ficou com um pouquinho de inveja.
Chat Noir emburrou.

— Que mal agradecida,  acabou de receber uma assinatura do melhor herói e está julgando a assinatura dele. — balançou a cabeça negativamente,  se fazendo de dramático.

— Melhor herói?  — repetiu suas falas,  sorrindo de lado. — Você é tão iludido. — sorriu,  bagunçados seus cabelos loiro,  vendo o mesmo arquear as costas ao sentir as mãos da mestiça.  Se recompôs e voltou ao seu estado dramático.

— Magoou. — soltou um suspiro lamentado. — Depois dessa,  nem quero mais conversar contigo. — revirou os olhos melancólicos.

Marinette sorriu divertida pela mente tão infantil do Chat Noir.

— Vou me matar,  Marin. — se apoiou na grade. — Por sua culpa.

Marinette ficou em alerta,  ele não iria se jogar dali, né?

— Chat Noir, é perigoso ficar aí. — encarou o herói que tinha um sorriso bobo no rosto. Então ela se preocupava com o Chat Noir.

A mestiça andou até o herói que levantou um pé, se segurando, agora,  com apenas um pé na grade fina.

— Chat Noir,  pare de brincadeiras. — suplicou. Não tinha se passado na sua cabeça que ele podia pegar seu bastão caso caísse, ou qualquer outra coisa.  Estava tão preocupada e irritada com seu parceiro de luta por fazer essa pequena idiotice. — Se você não sair daí e-eu...eu...— pensou em alguma coisa rápida, tendo em mente algo que ele rapidamente iria parar de brincar com a mesma. — Eu pulo junto.

Segurou fortemente seu braço, virando sua cabeça ao lado contrário.  Depois de alguns segundos, raciocinou o que tinha dito. Arregalou os olhos e rapidamente sentiu suas bochechas,  orelhas e todo seu corpo ficar quente. Tinha certeza que estava corada a ponto de até uma pessoa cega perceber.

"Que ele não tenha entendido errado, que ele não tenha entendido errado, que ele não tenha..."

— Porque você  faria isso? — sentiu Chat Noir sussurrar ao pé do seu ouvido. Seu corpo estava muito,  muito,  muito perto. Marinette paralisou, nunca em sua vida que qualquer homem tinha chegado tão perto dela como Chat Noir.

— A-apenas para você parar de brincar com coisas sérias. — encarou o garoto e rapidamente desviando o olhar ao perceber que em seu rosto estava estampada um sorriso malicioso. — B-babaca! — apoiou sua mão saudável em seu peitoral,  o afastando o mais longe que pode, enquanto o outro gargalhava.

— Você está vermelha. — Marinette encarou ele como se você óbvio, após ter feito ela passar tanta vergonha com sua brincadeira idiota. O loiro encostou suas mãos em sua bochecha. E a mestiça sentiu o contato do couro contra sua bochecha, acariciando levemente. — Ficou tão constrangida assim,  Ma-ri-ne-tte? — disse pausadamente e a menor quase teve vontade de estapea-lo até a morte.

— Não quero conversar mais com você,  herói idiota! — rosnou.  — Eu conheço seus joguinhos.

— Me apresente esse joguinhos então. — Marinette mostrou a língua totalmente brava, quem ele pensava que era pra criar tanta intimidade com a mesma. — Língua... — o loiro sussurrou. — Uou, uou, Marinette, como você tem uma mente pervertida.

— O quê?! — o loiro ria livremente da azulada que o encarava mortalmente. — Chat Noir, porque não se apoia de novo na grade? Mas dessa vez tenta se jogar e sofrer vários hematomas.

— Como você é vingativa. — fez bico e fingiu que viu algo no seu pulso,  sorrindo de lado. — Agora o super herói terá que partir.

— Agradeço a sua estadia. — debochou e o loiro ignorou.

— Tente dormir, Marinette,  pelo que sei você tem prova amanhã. — beijou o topo da cabeça da mestiça e saiu rapidamente antes que a garota o tacasse sacada a baixo.

— Prova? — Marinette encarou o mesmo,  confusa. Nem se tocando que o seu parceiro tinha beijado o topo da sua cabeça. — Meu Deus!  Prova! — exclamou um pouco alto e se repreendeu. — Como eu esqueci da prova?! — murmurou baixinho. — É como a droga do Chat Noir sabia disso?! — disse mais frustrada ainda,  quase arracando seu cabelo fora.

Desceu até o seu quarto murmurando coisas totalmente sem nexos, e percebendo como seu dia foi realmente o mais louco de todos.

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Opa,  MariChat,  adolu ~🌚
Sou terrível em títulos :'v ~le se mata
O que estão achando da história? Não me importo com comentários mais é muito bom receber alguém dizendo que gosta da sua historinha que tu nem botou fé c:
Capítulo 6? Nunca nem vi pwq


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