Capítulo 2 - Manuela

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" Sou Apenas humana, e eu sangro quando caiu, sou apenas humana, eu me despedaço e quebro, suas palavras em minha mente são como facas no meu coração" — Human — Christina Perri.

Estou fodidamente Ferrada.

Encaro meu chefe com os olhos arregalados e medo me invadem só de imaginar todas as maneiras e problemas que viram quando eu tiver que procurar outro emprego, quantos dívidas serão acrescentada a conta do hospital para que minha mãe se sinta linda, feliz e o mais importante de tudo bem, e perder meu emprego a essa altura seria como nos afundar em um mar de dívidas, e eu sei que isso vai acontecer ja que não existe a menor possibilidade do meu chefe não me demitir, ja que durante esses um ano ele me enche de trabalho, me irrita e tenta me fazer pedir demissão mas nunca conseguiu e agora ele tem uma razão e motivo, agora me sinto uma idiota por ter dado a ele esse motivo, agora eu e minha mãe estamos muito mais ferradas do que antes.

— Eu...eu...não...se..nhor - guaguejo na inútil tentativa de negar oque ele ouviu muito bem, me sinto humilhada por me ver assim tão rebaixada, nunca fui fraca e agora olhando para ele e sentindo esse medo de perder o meu emprego me deixa vulnerável e eu só queria sair correndo por esses corredores como uma garotinha assustada e chorando porque uma hora ou outra, eu iria chorar só não sabia quando essa hora chegasse.

— Senhorita Sampaio, estou surpreso com suas palavras, mas tarde te espero em minha sala, vamos ter uma conversinha antes de demiti-lá - avisa ele e sua voz soa como trovões em uma noite de tempestade, ela é totalmente seca e desprovida de divertimento como a pouco segundos havia soado, ele entra no elevador e eu me pego pensando em qual empresa vai me contratar depois que souberem que fui demitida por justa causa.

Porque fui Burra!! Burra por criticar o meu chefe bem na sua frente, oque eu estava pensando? Que ele seria surdo? Ele ainda nem deve ter trinta anos. Céus estou perdida!!!

Medo? não chega nem perto do que estou sentindo nesse momento, é como se eu perdesse o chão e estivesse em lugar paralelo a realidade, posso fechar os olhos e imaginar eu e minha mãe na rua sem casa e ela doente tudo por minha causa e não importa oque acontece mais tarde estou disposta a implorar pelo o meu emprego, pelo o menos até ter outro em vista e possa me dá o prazer de matar esse ser aos pouquinhos, infenenando-o é uma ótima opção.

Fecho meus olhos e passo as mãos em meus cabelos tentando me acalmar, respiro fundo diversas vezes e faço uma oração silenciosa para Deus por favor Deus não deixa ele me demitir por favor!preciso desse emprego. Olho para o elevador por onde ele passou e volto ao meu trabalho mas antes checo em que horas ele voltará e para minha sorte ou azar só mesmo no fim da tarde, horas se passam e vejo que já está na minha hora de almoço, guardo rapidamente as minhas coisas na bolsa coloco ela em meu ombro e saiu apressada em direção ao elevador não sei dizer exatamente o porque dessa minha reação a apenas uma ameaça dele, mas algo me diz que minha vida vai mudar a partir da hora em que ele me chamar para conversar, aperto o botão do elevador diversas vezes tentando em vão fazer com que ele se abra rapidamente, me encosto na parede e espero enquanto minha mente vaga por uma frase que minha mãe costuma dizer sempre "Não importa o quanto você é forte,não ah nada de errado em se permitir uma vez ou outra ser fraca,você é humana Manu e humanos erram,então não tema apenas encare tudo com um sorriso no rosto,não deixe que seu oponente leve a maior;se é para chorar?chore,mas não guarde tudo para você filha essa é uma lei que todos nós deveríamos cumprir "a mamãe como eu queria ser tão otimista e forte como a senhora, mesmo doente e sem saber quanto tempo mas vai viver sempre sorrir e me dá bronca como se nada tivesse mudado.

Para minha surpresa o elevador se abre, me assustando e dentro dele tem um homem moreno e minha amiga loira se aguarrando com ele no meio do elevador, abro a boca e fecho diversas vezes e quando ele aperta a bunda dela não me seguro e gargalho, ambos se assustam e se soltão, me olham com expressões de espanto, levanto a sobrancelha antes da minha amiga maluca se jogar em meus braços.

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