Capitulo I- Bem-vindos a Allenwood

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Crianças brincando alegremente em suas bicicletas multicoloridas por todo o quarteirão. Mulheres regando cuidadosamente as suas criações de Azaleias. E os maridos, em seus enormes e luxuosos carros, dão partida em direção a mais um dia importante no trabalho. Parece uma vida perfeitamente desejável e bem estruturada, não é mesmo?

Isso depende da forma que enxergamos o todo. Algumas coisas são perceptíveis aos nossos olhos, já outras, nos exigem olhar bem além. Talvez além das cercas pintadas, das ruas arborizadas e também dos jardins bem cuidados. Quem seria capaz de dizer que a pequena Allenwood poderia guardar tantos mistérios?

Mas esqueçamos da cidade. Ela não é nenhum pouco relevante para o que irá ouvir aqui. A história que eu vou lhes contar são os segredos mais íntimos e escusos que se escondem em cada esquina dessa comunidade aparentemente perfeita. São principalmente os segredos que envolvem os meus quatro melhores amigos: Natalie Arys, Susan Scavo, Aaron Sandborn e Ross Solis.

Depois da rua principal, passando pela enorme igreja de St. Christopher, ficava a casa de tintura amarela e cercas brancas que também era o lar de ninguém menos que Aaron Sandborn, o garoto de pele cor de mel que definitivamente era a fonte de obsessão de quase toda Allenwood High. Se ainda vivêssemos na época de culto a deuses pagãos, Aaron com certeza seria um para qual valia a pena montar um altar. Apesar de toda essa popularidade o moreno não dava muita atenção para as garotas promiscuas que corriam atrás dele. Ele preferia se concentrar nos estudos, principalmente nas suas aulas particulares com o Mr. Griffin.

— Então é assim que se calcula a área de uma circunferência — disse Mr. Griffin ofegante, enquanto Aaron dava leve chupões por todo o seu pescoço.

Evan Griffin era um professor de meia-idade formado em ciências matemáticas pela UPeen que se mudou para a casa ao lado depois de um difícil divórcio com a sua ex mulher. Apesar de já ter os seus 38 anos, ele ainda exalava um charme excitante que faria inveja a garotos da idade de Aaron. Tudo isso graças aos seus olhos azuis misteriosos, seus cabelos negros compridos que caíam com perfeição sobre o seu rosto e o seu corpo consideravelmente definido que transmitia ondas de calor através das mãos do seu aluno.

— Isso eu já entendi — disse Aaron, mordendo os seus lábios enquanto arrancava a blusa do professor em um único movimento. — Agora me deixe usar o seu compasso. — Maliciou ele, enquanto tocava o volume que rapidamente se formou nas calças de Evan.

Agora ficou claro o porquê de Aaron dispensar todas aquelas garotas, não é mesmo? Com certeza ele preferia os mais experientes. E apesar de não existir algo mais clichê do que um relacionamento professor e aluno, esse segredinho picante ainda renderá ótimas histórias.

Se vocês se mantiveram atentos aos detalhes antes de chegarmos até a casa dos Sandborn, certamente notaram a bela moça de vestido florido subindo rapidamente os degraus da igreja de Santo Christopher. Irá se confessar numa hora dessas, Susan?

A garota adentrou rapidamente o recinto e encarou por alguns segundos a cruz de madeira e os vitrais ao redor antes de finalmente se direcionar até a sacristia. Ela passou pela portinha que havia sido envernizada há pouco tempo e entrou na cabine do confessionário para dar início a sua confissão.

— Perdão padre, pois eu pequei — disse Susan.

— Diga-me, o que você fez? — Uma voz ofegante sussurrou do outro lado da cabine do confessionário.

— Eu tenho os mais profanos sonhos eróticos. Com você — Susan naturalmente sussurrou para o homem.

Ele simplesmente deu um sorriso repleto de malícia e saiu de dentro do confessionário. O homem de reluzentes cabelos loiros e olhos âmbar a pegou entre seus braços consideravelmente fortes e chocou o seu corpo rapidamente contra a estatura frágil de uma boneca vitoriana de Susan.

— Quer dizer que você tem sido uma garota má? — Padre Tomás se aproximou rapidamente do corpo de Susan.

— Tenho — Susan fez um biquinho, exibindo os seus lábios vermelhos e carnudos. — Qual será a minha penitência?

Usando os seus fortes braços, Tomás puxou Susan para junto de si e começou a acariciar todo o seu corpo. As suas mãos já estavam descendo pelos quadris da garota, até que ele rapidamente apalpou a coxa branca e macia dela e a prendou sobre a sua cintura.

— Sua penitência será você sendo penetrada por mim — Tomás disse malicioso.

— Por mim está bem — Susan jogou o seu corpo contra a mesa de mogno enquanto Tomás percorria todo o seu corpo com os lábios.

Ai Susan, agora eu entendo como você é tão religiosa. Parece que fazer parte do coral da igreja têm lá as suas vantagens. Como diria Aretha Franklin, assim que acorda, você faz uma pequena oração ao estimado padre de Allenwood. Deus abençoe quem ousar ficar entre esses dois.

Se eu pudesse escolher o meu segredo preferido, com certeza seria o de Natalie. Não que fosse algo excitantemente escandaloso como tocar o seu professor de Álgebra ou ter relações sexuais em uma sacristia. Na verdade, quem eu estou tentando enganar?

Natalie se aproximou ainda mais do seu irmão Noah e depositou um molhado beijo em seu pescoço enquanto emaranhava suas mãos pelos cabelos negros dele. Ela aproveitou o momento de êxtase levando a sua mão até o seu vestido e o abriu completamente, revelando a sua delicada lingerie vermelha de renda.

Noah percorreu com as suas mãos por todo o corpo dela e a ajudou a terminar de se livrar das suas roupas, ao mesmo tempo em que ele tirou a sua blusa evidenciando o seu corpo totalmente definido.

Natalie por sua vez tirou rapidamente o cinto e arriou as calças do garoto, revelando uma cueca boxer. Ela começou a beijar todo o peitoral dele e colocou a sua mão por dentro da cueca branca a amostra. Noah mordeu os seus lábios e gemeu baixinho em excitação enquanto ela abaixava completamente a cueca dele expondo o seu membro enrijecido.

— Ninguém jamais poderá saber disso — alertou Natalie, enquanto desabotoava o seu sutiã.

— Irmãos guardam segredos — Noah disse ofegante, enquanto se jogava ao lado de Natalie nos lençóis rosa do quarto.

Por essa vocês não esperavam, não é mesmo? Mas eu posso garantir que se torna completamente difícil julgá-la quando se conhece Noah Arys. Natalie possui belos cabelos castanhos e brilhantes olhos verdes que faz você querer se afogar neles, e como ela só possui um irmão gêmeo que parece até o Doppelganger masculino dela não fica tão impossível assim ligar os pontos.

E por último, mas não menos divertido, temos o aparentemente adorável Ross Solis. Eu posso garantir que os estigmas dele não têm nenhuma relação com as diferentes formas de encontrar o prazer humano. Na verdade, eu tenho a leve impressão que ele seja o menos hedonista de nós cinco.

O segredo de Ross está mais enraizado nele do que eu posso descrever, e não é algo contínuo que se estende até os dias de hoje. Digamos que o que ele mantém escondido ficou bem enterrado no passado. E como eu ainda não sei como funciona essa coisa de flashback aqui do outro lado teremos que deixar o Solis para outro momento.

Quanto a mim, só precisarão saber o meu nome. Courtney Heitt.

Vocês devem estar se perguntando: Que tipo de pessoa dissimulada expõem seus amigos?

Nesse exato momento, os jatos de sangue passando pelo corte na minha garganta estavam encharcando o tapete persa da minha sala de estar e a arma do crime estava perfeitamente posicionada na minha mão esquerda. Uma afiada faca de açougueiro. Eu finalmente havia tomado coragem e cometido suicídio?

Bom, eu prometi que levaria todos os segredos comigo para o túmulo. E de fato eu cumpriria essa promessa. Mas não sem compartilha-los com vocês antes.

Bem-vindos a Allenwood.

População atual: uma vadia a menos.

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