Capitulo IX- Dois pássaros, um Sandborn

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Nós nascemos, crescemos e morremos. Esse é o ciclo natural das coisas. Da mesma maneira é a mentira. Ela nasce na raiz de todo o mal, cresce de acordo a alimentamos e apenas morre quando a verdade é traga a tona. Em meio a esse processo, ainda existe a fase em que a nossa alma é corrompida em determinado momento. Numa imagem clássica, todo ser vivo nasce, cresce, corrompe-se e morre. Todo o corpo, então, estará sujeito a um processo de corrupção em determinado estágio da vida, em que a vitalidade se vai perdendo paulatinamente, ou mesmo abruptamente, quando ocorre o fim da existência.

Esperamos que os nossos segredos morram conosco. Que eles nos acompanhem até o nosso túmulo. Porém, quando duas ou mais pessoas o compartilham, ele acaba se tornando um laço imortal, unindo seus progenitores até o dia do juízo final.

Vermont

Antes.

Faltavam algumas horas para o brinde dos noivos que se realizaria no saguão do enorme hotel onde os convidados estavam hospedados. Eu por minha vez usei o cartão de acesso para entrar no meu quarto e me preparei para receber a pessoa que me encontraria ali.

Caminhei delicadamente até a enorme prateleira vitoriana branca que ficava de frente para a cama e comecei a mexer em alguns dos livros de capa de couro antigo que estavam ordenados nela. Não, eu não iria me distrair com os contos de Poe ou com os poemas de Oscar Wilde, mas precisava de um local com um ótimo campo de visão e que ao mesmo tempo fosse escondido o suficiente.

Retirei da minha bolsa tiracolo dourada uma câmera portátil que peguei emprestada com Noah Arys e a coloquei na lacuna entre os livros que reposicionei. Em seguida tudo o que eu precisei fazer foi apertar o pequeno botão vermelho acoplado próximo à tela frontal.

— Perfeito. — disse para mim mesma, checando o meu cabelo através da gravação.

Direcionei-me até a enorme cama arrumada e sentei. Rapidamente cruzei a minha perna sobre o vestido de paetê preto que usava e fiquei aguardando a chegada do jovem.

Logo escutei o pequeno ruído de uma porta entreabrindo. Não demorou muito para que o moreno aparecesse através dela, portando em seus lábios aquele sorriso sacana e irresistivelmente tentador.

Ele trancou o quarto e jogou o seu paletó cinza sobre a cadeira no centro, mirando os seus olhos sobre as minhas coxas parcialmente expostas. Descruzei as minhas pernas provocativamente e com um único impulso me levantei da cama ficando novamente de pé.

— Chris. — disse ao contemplar a imagem dele se aproximando de mim. — Pelo visto recebeu o meu bilhete.

Não levou muito tempo até que ele começasse a fazer força para desabotoar o seu cinto. Homens. Sempre compreendendo bem o significado do "Eu preciso falar com você a sós".

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