Especial de Férias- Como E.B roubou o natal de Ross

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O natal em Allenwood é realmente mágico. O ar cheira a neve caindo, lenhas queimando nas lareiras e biscoitos de gengibre assando. A rua principal parece um reino mágico de prata, a igreja de St. Christopher brilha com as belas luzes e a majestosa árvore gigante no centro parece prometer que esse será o melhor natal de todos os tempos. Essa também é a época perfeita para se reconciliar com as pessoas que amamos e para dar um tempo nas maldades.

Antes dos segredos serem de fato segredos, o meu último natal guarda detalhes fundamentais para a resolução de todos os problemas que surgiram em seguida. O que eu estava fazendo em Los Angeles naquela lúgubre noite? Quem era o jovem de pele clara e cabelos negros, jogado sobre a McLaren? E o mais importante: Quem estava ameaçando eu e os meus amigos com os nossos segredos?

Por hora terei que interromper a minha irreverente narração. Afinal, até as vadias merecem um dia de folga para as comemorações de final de ano.

Natal de 2013

— Eu realmente odeio filas. — Ross se queixou, colocando ambas as mãos por dentro dos bolsos do seu casaco preto de botões. — Especialmente no natal, quando elas são maiores do que o comum.

Olhei rapidamente para ele e elevei um pouco o canto dos meus lábios. Era engraçada a forma como Ross me fazia querer rir até mesmo quando ele estava falando sério.

— Você quer ficar calmo? — Me virei ao encontro dele e comecei a ajeitar o seu cachecol vermelho. — Eu me atraquei com algumas vadias, mas consegui tudo o que eu queria. Vai por mim, a parte mais difícil já acabou.

Ross gesticulou com a cabeça e sorriu em seguida.

— E você comprou bastante pelo o que eu pude notar. — Ele se admirou com a quantidade de coisas na minha mão.

Finalmente a fila andou e alcançamos o caixa. Coloquei as compras sobre o balcão e retirei o cartão de crédito da minha bolsa para pagar os presentes que levaria para o almoço de natal na casa dos Sandborn pela manhã.

Assim que a atendente terminou de embrulhar tudo, eu dei as sacolas para que Ross carregasse e levei a minha mão vazia até o seu braço.

O pequeno intervalo de tempo entre a loja de departamentos até o elevador que nos levaria até o estacionamento do shopping, fez com que Ross ficasse com aquele olhar que eu já havia visto vezes o suficiente para entender o que ele significava.

— Você ainda não consegue parar de pensar sobre L.A, não é mesmo? — Perguntei, mesmo que a resposta estivesse clara.

— Faz apenas um ano. — Ross disse com um pesar em sua voz. — E provavelmente eu nunca vou conseguir.

— Esqueça isso. Nós só estávamos no lugar errado e na hora errada. — disse simplesmente. — Assim como ele.

— Você sabe que não é só sobre ele. — Ross insistiu. — É sobre o que você fez. Como você dorme a noite?

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