Preconceito

19.1K 1.3K 954
                                    

Espero que gostem, estão preparados para odiar um personagem. Boa leitura.

Que droga, como meu pai apareceu do nada? Ele não ia passar dias na casa da minha vó. Quando abri os olhos vi meu pai ali parado olhando para nós. Entramos em desespero porque sabemos que ele é preconceituoso ele odeia gays.

- Não é oque o senhor está pensando tio. - Ricardo levantou desesperado.

- Sai da minha casa. - Ele se aproxima.

Ricardo pega a sua roupa e coloca, eu só fico olhando parece que a voz não saía.

- Tio? - Ricardo tenta se aproximar dele.

- Não encosta em mim. - Meu pai soca a cara de Ricardo. - Seu viado imundo.

Meu pai estava muito furioso, o nariz de Ricardo começou a sangrar. Ele sai passando a mão no nariz, meu pai fecha a porta do meu quarto.

- Oque o senhor vai fazer? - Falei com medo.

- Vou fazer você virar homem. - Ele começa a tirar a cinta da cintura.

- Pai, por favor! - Falei chorando.

- Não vou criar viado na minha casa. - Ele tira a cinta - Você vai aprender.

Ele começa a me bater com aquela cinta, era uma cinta de couro com uns detalhes de metal.

-  Pai, pare por favor! - Eu sentia o ferro da cinta penetrar minha pele.

Ele me batia com todas as suas forças, eu sentia seu ódio.

- Pare pai, você está me machucando. - Falei chorando.

- Isso é pra você aprender. - Ele me batia sem dó.

Os detalhes de metal cortava a minha pele, eu comecei a sangrar.

- Para pai! - Eu chorava muito, eu sentia muita dor.

O fato de eu estar só de cueca fazia com que a cinta atingia meu corpo. Meu rosto doía muito também.

- Fabiano. - Minha mãe grita ao entrar no quarto.  - Para de fazer isso.

Ela entra na frente dele, segura o seu braço impedindo que ele me atinja mais com as cintadas.

- Ele está sangrando Fabiano. - Ela se aproxima de mim e me abraça.

- É para ele aprender a virar homem. - Meu pai estava ofegante, e cansado de tanto me bater.

- Mãe. - Olhei para ela com o rosto sangrando.

- Oi meu amor, eu estou aqui. - Minha mãe me abraça forte. - Você é um monstro Fabiano.

- É melhor ser um monstro do que ter um filho que ficando dando para outros cara.

- Eu prefiro ter um filho gay do que ter um filho igual a você. - Minha mãe me defendia.

Meu pai ficou com muita raiva de ouvir isso e sai gritando.

- Vai ficar tudo bem, vai ficar tudo bem. - Minha mãe chorava também.

- A senhora não está brava por eu ser gay? - Falei.

Meu rosto estava começando a ficar inchado, o sangue do meu braço escorria.

- Não, nunca meu amor, a mãe te ama muito, jamais vai ficar brava com você por causa disso.

- Cadê Ricardo mãe? - Perguntei preocupado com ele.

- Ricardo está trancado no quarto de sua irmã. - Ela olhou pra mim cheio de marcas. - Vai tomar um banho pra limpar o sangue, depois vou passar um remédio em você.

O idiota do meu primo (Romance gay)Onde as histórias ganham vida. Descobre agora