Pressentimento

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- Oi migo, ele pode ficar aqui sim. - Eu falava com minha amiga do aeroporto.

Eu liguei para Tainá, pedi para ela deixar Ricardo na casa dela até a gente revolver algumas coisas. Ele estava tão desanimado de tudo, mas eu não queria deixar ele ir embora, não ia conseguir ficar sem ele do meu lado. Eu peguei uma das suas malas.

- Vamos? - Falei olhando para ele.

- Ela deixou? - Ele me olha rindo.

- Tainá é minha melhor amiga, se ela não deixase eu dava na cara dela. - Comecei a rir.

- Bobo, eu amo esse teu jeito. - Ele me olha com aquela cara de apaixonado.

- Idiota, você é literalmente o Idiota do meu primo.

- Sou o idiota que você não vive sem. - Ele debocha.

Fico sem graça, nós chamamos um táxi e fomos direto para a casa de Tainá. Dentro do carro Ricardo segura forte minha mão, eu sentia seu carinho, sentia que ele queria cuidar de mim. Minha amiga estava nos esperando no portão de sua casa, ela morava sozinha. Descemos do táxi e fomos em sua direção.

- Olha, é o seu primo gato. - Ela fala olhando para ele.

- Tira o olho sua vaca, ele já tem dono. - Começo a rir.

- Oi. - Ricardo fica sem graça.

- Já vou avisando, você pode ficar  aqui em casa até quando você quiser, mas não atrapalha meus esquemas não. - Ela fala indo para dentro.

- Que esquema? Você não pega ninguém. - Comecei a zoar.

- Eu não quero atrapalhar. - Ricardo fala segurando minha mão.

- Ela está fazendo graça Ricardo, vive ai na siririca e fala que pega alguém. - Comecei a gargalhar.

- Siririca seu nariz, filho da mãe. - Ela ria. - Vamos ali para eu te mostrar o quarto em que vai ficar.

Ela nos levou ao quarto de hóspedes, era tudo muito bom. Tainá tem muito dinheiro, é filha de um banqueiro, sua mesada é mais de 5 mil reais por mês. Acho que nunca vou ter uma mesada dessa na minha vida. Mas por mais que ela tinha dinheiro, ela era simpleszona de tudo, uma garota humilde. Conheci ela em uma balada gay, depois disso nunca mais desgrudamos um do outro, eu amo muito minha amiga. Meu celular começa a tocar, era minha mãe.

- Filho cade você? - Ela pergunta preocupada.

- Estou na casa da Tainá, mãe.

- Vem pra casa agora, você está todo machucado. - Estava com a voz desanimada.

- Estou indo. - Desligo o celular.

Ricardo estava tirando a roupa das malas, olhei para ele e sorri.

- Oque foi? - Ele pergunta.

- Nada, vou ter que ir. - Falo triste.

- Fica comigo, passa a noite aqui? - Ele parecia não querer ficar sozinho.

- Preciso ir.

- Tá bom, vou com você até lá fora. -  Ele joga as roupas em cima da cama.

Fomos para fora, ele entrelaça seus dedos nos meus, Ricardo estava carente, ele segurava forte minha mão. Ficamos parado no portão um de frente pro outro.

- Você está machucado por minha culpa. - Ele fala passando a mão em meu rosto.

- Tá tudo bem. - Sorri.

Ele me beija, seu perfume invade meu nariz. Comecei a sentir um gosto salgado na boca enquanto beijava ele. Ricardo chorava enquanto me beija.

- Oque foi? - Pergunto.

O idiota do meu primo (Romance gay)Onde as histórias ganham vida. Descobre agora