Capítulo 25

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Benjamin

Desde que Maria morreu, eu pensei que nunca mais pisaria dentro de um cemitério. Mas é incrível ver como o destino adoro pisar nos seus medos, pegar eles nas mãos e jogar no seu rosto...
A morte da Ema me deixou completamente sem chão, eu gostava dela, tinha ela como uma amiga, e a queria bem. E agora ela está morta, morta graças a um assassino louco que está solto por ai.
E por mais que eu tente afastar esse pensamento, ele insiste em vir: quem será o próximo? Será que quando eu descobrir quem matou minha irmã, também vou ser assassinado?

- Toma...

Chloe entra no quarto e me entrega uma xícara de chá de camomila. Pego e bebo um gole, estou sentado na poltrona dela, Chloe senta no braço da poltrona, acaricia minhas costas e sorri.

- Vai ficar tudo bem...

- A morte é tão... Imprevisível. Quando, quando menos imaginamos, ela vem de supetão. E leva as pessoas mais importantes da nossa vida.

Digo sentindo um nó se formar em minha garganta.

- Está se referindo a Maria ou a Ema?

- As duas... Eu gostava muito da Ema, como uma amiga muito querida!

- Amor, isso é normal. Você e Ema tiveram um relacionamento. Querendo ou não, houve um gostar em tudo o que vocês viveram.

- Acho que sim...

- Eu queria ter ido no enterro. Mas Hanna acordou meia estranha hoje, está chorando muito.

Olho para Hanna dormindo no chiqueirinho que papai comprou e trouxe antes de ontem. Chloe colocou nossa menina barriga para baixo e ali Hanna dorme tranquila.
Coloco a xícara no criado-mudo e puxo Chloe para sentar em meu colo, ela joga o braço esquerdo sobre meu pescoço e sela seus lábios em minha testa, sorrio.

Coloco a xícara no criado-mudo e puxo Chloe para sentar em meu colo, ela joga o braço esquerdo sobre meu pescoço e sela seus lábios em minha testa, sorrio

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- Sabe no que estive pensando?

- No que, meu amor?

- Quando eu estava vindo do cemitério, passei em frente a um apartamento que está a venda. É no mesmo prédio que Matteo morava, é grande. Cabe nos dois e nossa menina, meu amor!

Chloe franze o cenho.

- Está dizendo pra gente ir morar juntos? Tipo, eu, você e Hanna? Como uma família?

Sorrio.
O medo que me invadiu ontem com a morte da Ema, tudo o que meu coração pedia era para que eu corre-se atrás da minha felicidade.
E minha felicidade está aqui, nesse quarto, com a minha namorada e a minha filha.
Por isso quando eu sai do cemitério parei em uma joalheria e comprei um anel de noivado pra Chloe.
Coloquei a mão em meu bolso e retirei a caixinha de veludo vermelha, Chloe levantou do meu colo e tampou a boca com os olhos arregalados.
Dei uma gargalhada e também levantei.

Segredos Perigosos - Completo - Em RevisãoOnde as histórias ganham vida. Descobre agora