Epílogo

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Hanna


É bonita, é bonita e é bonita...
Era dessa forma, cantando essa música que Heitor mostrava o quanto amava a sua vida, ele se foi sem nem ao menos dizer um até logo, deixando uma marca e uma saudade imensa no meu coração e no de sua família.
Hoje faze 1 ano que Heitor morreu, a saudade dele ainda é intensa e dolorosa, mas agora eu consigo conviver com isso.

Mesmo não tendo o nosso filho em meus braços, porque o perdi 3 semanas depois de sua morte, acho que nosso pinguinho não aguentou o fardo que eu estava carregando depois que Heitor morreu.
Foram longos e intensos dias de dor, sofrimento, desespero...
Mas o apoio incondicional da minha família, dos meus avós paternos e da minha avó Bárbara, dos meus tios, dos meus primos, do meu irmão e principalmente dos meus pais, fez com que minha vida não fosse parar no fundo do poço, o amor deles me fez ficar de pé e seguir em frente!
Mesmo com saudade...

- Alô!

- Hanna, mamãe disse que você marcou uma reunião de família hoje... Tudo bem?

- Tudo na mais perfeita paz, Quim! - Falo sorrindo.

- Então por que da reunião?

- Então... Eu tenho uma coisa para dizer. Mas deixa de ser zé-polvilho e vai cuidar da sua vida, Joaquim!

Meu irmão bufa e posso ver ele revirar os olhos. Sorrio.

- Quim, nos vemos mais tarde! Tenho que ir falar com uma pessoa... Tchauzinho!

- Hanna!

- Fala!

- Está tudo bem mesmo né?

Sorrio. Desde que aquela tragédia aconteceu, a preocupação que Joaquim sente - mesmo eu sendo a mais velha - aumentou 10 vezes mais.
Mas não posso negar que gosto de saber que meu irmãozinho cuida de mim, isso é lindo e maravilhoso.

- Está sim! Olha, você já me atrasou, agora eu preciso ir mesmo! Tchau, Joaquim!

- Tchau, maninha!

Então desligo.
Coloco meu celular na bolsa, e escuto meu nome sendo pronunciado por uma enfermeira baixinha e ruiva, caminho até ela, e a mesma me lança um sorriso educado.

- Hanna Oliveira Correia?

- Isso!

- Venha...

Sigo a enfermeira e logo paramos na porta do consultório de Luís, ela abre a porta do consultório e me dá passagem. Entro e então fito o doutor Luís Cordoba, irmão do Heitor.

- Hanna...

- Oi, Luís!

Ele me da um abraço, e depois sorri de lado, ele me pede para sentar e então me sento. Luís também senta e respira fundo, quando percebe que estou olhando para o porta-retrato com a foto de Heitor, o meu Heitor.

- Ele está comigo sempre!

Sorrio.

- Comigo também!

Segredos Perigosos - Completo - Em RevisãoOnde as histórias ganham vida. Descobre agora