Capítulo 57

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Maia Point of View.

Mais um começo de uma semana intediante.

Levantei sem a minha mínima vontade repentina. Entrei no meu banheiro e liguei a luz, fechando os olhos sentindo a dor do clarão. Abri a torneira lavando o rosto e escovando os dentes.

Não sentia fome. Pela primeira vez em anos. Passei a mão na barriga sentindo uma cólica tremenda. Voltei pro quarto me vestindo com certo custo.

Arrumei a cama por cima e fui pra cozinha. Não tinha ninguém ainda na sala. Fiz um nescau rápido e tomei em uma golada. Olhei pra porta vendo a minha mãe parada de pijama ainda.

- Não vai trabalhar hoje? - Perguntei, lavando o copo.

- Seu pai não quer deixar! Mas é melhor assim, eu ando passando muito tempo só dentro da minha sala fazendo listas, cálculos e relatórios. Meus dedos pesam. - Passou a mão no rosto. - Ser advogada daquela empresa é muito pesado.

- Imagino! Mas as coisas melhoraram né?

- Muito! Seu pai já está fazendo a planta de mais prédios, e agora tem outra empresa querendo se juntar a nós. - Impossível não ver a animação na fala dela.

- E vai melhorar cada vez mais. - Beijei o rosto dela. - Agora eu vou pra aula.

Peguei minha mochila e as chaves de casa. Fechei a porta e saí andando pela rua até a escola. Alguns vizinhos passavam e me cumprimentavam.

As pessoas felizes e eu morrendo de cólica. Fui o tempo todo com a mão na barriga. Poderia ser algo ruim pra mim, mas na verdade eu ainda tinha um pinguinho de felicidade por saber que eu não teria chances de estar grávida mesmo tendo usado camisinha.

Antes de entrar na escola eu comprei uma água. Levei uma pontada nas costas e acabei batendo com tudo nos armários causando um barulho alto.

- Ei, tá tudo bem? - Uma garota parou na minha frente.

- Tá... Tá tudo bem. - Sorri fraco e me levantei.

Saí andando pra sala de aula quase morrendo. Eu nunca tinha sentindo uma dor tão forte assim. Geralmente eu tenho dor de cabeça e uma que outra pontada na barriga.

- Maia? - Alguém me chamou e eu ergui a cabeça. - O que que houve? - Shawn juntos nossas mesas e me abraçou.

- Eu estou morrendo de cólica! E isso é algo muito anormal da minha parte. - Deitei minha cabeça no ombro dele, sentindo um carinho no meu cabelo.

- Nem deveria ter vindo na aula! - Sussurou baixo.

- Mas eu tinha que vir. - Choraminguei.

- Bom, você vai melhorar... - Beijou o topo da minha cabeça.

- Como?

- Eu vou fazer você melhorar.

[...]

Aquelas aulas não passavam nunca. Meus olhos ardiam e a minha cabeça já começava a latejar e a cólica parou. Eu já fui no banheiro umas 10 vezes e nada de descer.

Remember Me >> Shawn Mendes Where stories live. Discover now