E P I L O G U E

252 42 5
                                    

The Grand Finale

Naquela manhã calma e levemente nublada Namjoon foi à casa de Jin e como o combinado na noite anterior, sairiam. Decidiram que passeariam no parque por perto de onde Seokjin trabalhava, o mais novo com a desculpa de que por lá tinha uma sorveteria nova e que queria tomar sorvete – mesmo no frio que fazia.

Mas logo ao se aproximarem do tal parque o Kim mais novo mudou o percurso entrelaçando seus dedos com os do mais velho o puxando em direção à floricultura muito bem conhecida por ambos, que ainda estava fechada por causa do horário.

— Namjoon? Por que você está me puxando para a floricultura? —  Perguntou para o mais novo estranhando suas ações. —  Kim Namjoon, eu trabalhei à noite inteira nessa bendita loja, e ela 'tá fechada! Minha mãe me deu folga pra quê se eu 'tô sendo arrastado pra cá de novo?

— Só me segue quieto, hyung.

— Yah! Eu sou mais velho, não me diga o que fazer.—  Mesmo com a objeção, o garoto que estava sendo puxado obedeceu ao pedido do mais alto de mechas – agora – morenas.

Quando chegaram à porta Namjoon tirou uma chave de seu bolso e abriu a porta de vidro que dava para dentro da loja, enquanto Seokjin estranhava o interior da mesma. Quando adentraram-na o mais velho não podia estar tão confuso e ao mesmo tempo que maravilhado.

— Namjoon, o que você fez aqui? Não sei se eu te admiro pelo esforço ou se eu te bato por ter jogado essas pétalas todas no chão e tirado todas as coisas dos lugares.

Os balcões de vidro espelhado que separavam a área dos funcionários da parte por onde os clientes passavam agora estavam empurrados para trás. E em cima deles estavam algumas pétalas de flores aleatórias, os vasos de flores usados para exibição nas vitrines estavam organizados em cima de uma mesa redonda que se encontrava, agora, no meio da loja. Bem no centro da mesma, havia um buquê de rosas vermelhas – que Namjoon havia encomendado na noite anterior para a mãe de Seokjin – recostadas em um suporte para permanecerem 'em pé'.

— Como você arrumou tudo isso, Nam? Eu estive aqui até por volta das meia noite... Você passou essa manhã fazendo isso?! —Perguntou admirado e um pouco preocupado. — Não estava doente?

— Sim e não... Eu passei a noite aqui, e eu já disse que era alergia.
Eu talvez tenha tido que implorar um pouco para sua mãe me deixar ficar com a chave reserva dela e me permitir passar a noite arrumando isso aqui, valeu a pena... Eu acho. — Coçou a nuca. — Mas voltando, Kim Seokjin...

— Diga. — Proferiu enquanto seguia os movimentos do moreno com os olhos. Ele ia em direção ao balcão, pegou algo dentro de um compartimento do mesmo, tirando um buquê com uma flor de cada uma das que já havia dado para Jin durante essas semanas.

Uma tulipa; uma camélia; um lírio; uma dália; e uma azaleia.

— Eu sei que não foi uma quantidade enorme de flores, na verdade, no começo eu estava realmente com muito medo de que você não gostasse da primeira flor que eu te dei, e pensei que você iria começar a me ignorar por te dar flores mesmo sabendo que você não gosta delas... Mas aqui estamos nós, não? Bem, o real motivo por não terem sido tantas flores é porque eu ainda não acordei rico, vocês deveriam considerar abaixar o preço...

— Nam, você está saindo da linha de raciocínio. Foca aqui.

— Ah, claro. Então, nesse buquê estão cada uma das flores que eu lhe dei em cada uma das semanas durante esse mês... E essas flores não só representam o que eu penso de você, como também introduzem meu amor para você, Seokjin. — Então ele levantou o buquê em direção ao mais baixo, a distância entre os dois sendo de apenas alguns centímetros, quase podiam sentir suas respirações se misturando no ar em suas frentes. — Jin, você quer namorar comigo?

— Finalmente né, seu fodido? — O de cabelos rosas riu da cara de indignação do mais novo. — Então isso tudo... Para me pedir em namoro?

— Sim, hyung. — Sorriu mostrando as covinhas — Eu achei que fosse necessário ser especial.

— Você sabe que eu aceitaria mesmo se você me pedisse no meio da rua, sem nada mais do que só você na minha frente?

— Sei. — Continuou a sorrir sem ter nenhum pingo de preocupação estampado em seu rosto.

— Você não está ansioso, não? As mãos suando, com medo de eu dizer "não"? — Jin estava realmente curioso, sabia que Namjoon tinha esse jeito tranquilo mas não devia pelo menos nessa situação estar um pouquinho nervoso?

— Na verdade, sim e não. Sim porque é um reflexo natural do meu corpo e, não porque eu sei que você vai responder "sim". — Fez uma pausa antes de continuar. — Eu te amo e você me ama, isso é óbvio para nós dois.

— Então é isso? — Por fora pode parecer que ele estava calmo, mas internamente estava gritando por Namjoon ter dito que o amava diretamente, sem rodeios.

— Só isso, Seokjinie. Eu, você e meu pedido sem resposta. — Namjoon se aproximou ainda mais segurando a cintura do mais velho com a mão livre. Seokjin levantou uma sobrancelha com audácia do mais novo, mas nem ligava mais para formalidades, nessa altura do campeonato nem lembrava seu nome. — Vamos lá, me responda hyung.

— Quero. — Sorriu doce, antes de selar seus lábios, o mais alto segurando firme no buquê enquanto rodeava os braços fortes na cintura do menor, apertando-o ainda mais contra si. O mais velho tendo suas mãos descansando no peito e ombro do rapaz à sua frente. Seus lábios se mexiam como em uma dança lenta porém impactante, num ritmo sensual suas línguas entrelaçavam-se. O beijo só terminou quando o oxigênio lhes faltou.

— Nossa história vai ser engraçada de se contar para nossos filhos. — O mais novo disse ofegante após o beijo que selou a união definitiva dos dois – agora – namorados. — Ela é sem sal.

— Yah! Cale a boca, nossa história é linda. Vai ser uma delicia contar ela 'pra eles numa tarde de domingo... — Seokjin entrou na brincadeira, rindo junto à seu namorado.

Se beijaram pela segunda vez no dia, em uma pressão serena e sem pressa aproveitando o momento.

Isso seria o suficiente para seus filhos.

O amor dos dois era o que importava, que se dane se a história não era um grande drama ou uma ação emocionante. Eles não estavam em um filme de romance, eles viviam um, por mais clichê e previsível que a história deles fosse.

Esse momento foi como o último buquê de Namjoon deu à Seokjin, vívido e cheio de significados.
O mais velho nem mesmo percebeu que as flores não combinavam entre si, só viu como cada uma delas era linda e especial para si – já que havia as recebido do mais novo.

Sim, foi uma história simples e curta. Mas não deixou de contar os sentimentos que eles passaram durante esse clichê, e muito menos faltou detalhes sobre o grande amor que eles sentem um pelo outro.

— Eu te amo demais, Kim Seokjin.
— Eu também te amo, Kim Namjoon.

🌹

Floriculture 『Ksj+Knj』Where stories live. Discover now