7. Quente

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não revisei principalmente porque tava muito ansiosa pra postar esse capítulo, então espero que gostem!!!!!!!!!!!!!!!!!!!

— Você tá bem?

Ergui meus olhos para encontrar Bambam virado na cadeira na minha frente, com os seus direcionados para mim com uma expressão preocupada.

Fazia mais de meia hora que o professor tinha saído da sala e não havia voltado ainda, apenas mandaram avisar que a turma iria ficar essas duas últimas aulas sem ninguém monitorando porque ele tinha que resolver alguns problemas com a diretoria. Claro que ninguém entendia que com isso ele quis pedir que todo mundo ficasse nos seus cantos, estudando ou fazendo algo em silencio, por isso todo mundo estava conversando alto com seus grupinhos enquanto outros abusavam da tinta do pincel em cima do birô.

Eu já começava a me sentir enjoado, uma dorzinha de cabeça incomoda começava a surgir conforme o barulho ia ficando mais alto e eu mais impaciente. Tentei até terminar um livro que tinha comprado na semana anterior junto com o Bambam, mas não conseguia me concentrar, nem para isso nem para resolver as questões de física da última atividade. Parecia que, por mais que tentasse, meus pensamentos não ficavam em ordem, e minha cabeça viajava em todas as oportunidades que tinha.

Já estava começando a ficar estressado com toda aquela falta de atenção da minha parte, então decidi deixar tudo o que tinha para fazer, como as atividades e tudo mais, para serem resolvidas em casa, uma vez que não estava com cabeça para aquilo agora. Aí tinha me esforçado para tirar uma soneca em meio àquela barulheira toda, mas também não consegui e achei melhor ficar com os olhos fechados os descansando, pelo menos isso, enquanto o sinal não soava para nos liberar para casa.

Não culpei Bambam por ter me chamado logo quando eu sentia estar caindo no sono, milagrosamente, porque mesmo que não conversasse nas aulas, eu quase nunca estava calado, pelo menos não por tanto tempo assim.

Suspirei, passando as mãos pelo meu rosto.

— Tô — respondi, e Bambam continuou me encarando. — Não sei, tô meio estranho, mas deve ser virose.

— Tudo pra você é virose, Youngjae — brincou e eu dei os ombros.

Ajeitei o moletom no meu corpo, deixando meus dedos cobertos pelo pano confortável e quentinho que aquecia o resto do meu corpo.

— Vou sair pra tomar um ar, tá? Se o sinal soar, não precisa me esperar.

Bambam assentiu.

Levantei da cadeira, pegando minha mochila distraidamente e colocando-a por cima do ombro para poder então caminhar para fora da sala, deixando para trás toda aquela poluição sonora assim que parei no corredor silencioso, o apreciando por alguns segundos antes de seguir para o meu destino inicial.

Logo quando entrei na Chapae, não tinha o Bambam aqui comigo para me distrair de toda aquela atenção que estava tendo somada a pessoas falsas que queria construir uma amizade de aparências. E já que eu provavelmente não teria conseguido dizer um não, a minha única alternativa era fugir de todo mundo e me isolar como sempre fazia quando não conseguia lidar com algo — já tentei mudar isso, mas é algo meio enraizado, então desisti depois de um tempo. Minha rota de fuga, quando não eram meus fones, eram meus fones e o terraço da escola, que sempre estivera disponível para mim quando queria simplesmente ficar quieto sem ninguém para me atrapalhar, exatamente como queria naquele momento.

E por esse motivo eu estava me encaminhando para ele. Sentia que precisava ficar longe de todo mundo para simplesmente pensar enquanto observava os poucos prédios de Mokpo, torcendo para que não caísse nenhuma chuva enquanto estava lá, a última coisa que queria nesse momento era uma gripe.

Bad decisionsOnde histórias criam vida. Descubra agora