Maciel Andrade
___Já passaram-se horas que eu tô aqui dentro olhando papel por papel, tem algo de errado comigo, eu não consigo concentrar nas letras, não consigo concentrar em nada.
Meu celular começou a tocar e peguei o mesmo atendendo a chamada sem olhar quem era.
Chamada...
__Maciel __ a voz de Marlon ecoou por meu ouvido.
- Marlon? __perguntou__ tá tudo bem ?__ perguntei baixo ouvindo sua voz nervosa.
Marlon- Maré vai invadir meu morro __ disse __ sabia não? __perguntou rápido.
- Meu Deus __ levantei __ Não, eu... eu não sabia, aquele filho da puta me paga __ falei entre-dentes.
Marlon- Ja tão preparado __ disse. __ Você não tá junto ?__ perguntou.
- Não, Breno não deixou eu ir e nem me falou qual morro iam invadir __ disse __ Marlon, eu...eu tô com medo__ falei__ fica bem __ pedi.
Marlon- Eu que pedi pro Breno não te deixar ir pra essa invasão __ falou __ mas nem ele sabia qual morro era __disse __ R1 não falou __ explicou.
- O que... o que eu faço? __perguntei.
Marlon- Só viva __ falou __ não tenho muito tempo __ disse __ eu tenho que ir, se cuida meu filho __ sussurrou.
- Te amo, pai __ uma lágrima escorreu sem eu nem saber o porque.
Marlon- Te amo, meu filho __ disse__ Tchau.
- Tchau.
Chamada encerrada.
Respirei fundo e limpei as lágrimas com as costas das mãos, sentei na cadeira e respirei fundo ficando inquieto.
Levantei e comecei a andar de um lado pro outro.
- DROGAAAAAA __ gritei e empurrei a mesa fazendo a mesma cair em cima da cadeira __ Filho da puta __ esbravejei.
Levei as mãos a cabeça e andei de um lado pro outro em desespero, caminhei até a porta e encostei a cabeça na mesma e comecei a chutar e esmurrar aquela porta maldita.
(...)
As horas passava devagar e meu desespero só aumentava, sentei na cadeira e peguei o isqueiro que tava em cima da mesa que já estava de pé e comecei a bater o mesmo na mesa.
- Ai __ cair da cadeira ao sentir uma dor peito __ Marlon __ sussurrei sem pensar.
A dor era imensa, um vazio invadio meu peito, eu comecei a sentir saudades, não sei o porque, mais a saudades era grande, as lágrimas começou a escorrer de meus olhos inundando meu rosto, levantei do chão e segurei na mesa para não cair novamente, sentei na cadeira e segurei a mesma apertando ela com toda minha força.
- Aaaaaaaaaaaaaa __ gritei.
Tinha alguma coisa de errado, eu sei que tem alguma coisa muito errada nisso, eu me sinto com medo, o sentimento de proteção ja não está mais em mim, o vazio e a saudades é algo que não me abandona.
Levantei mais uma vez e comecei a andar de um lado pro outro, caminhei até a mesa e abrir a gaveta pegando á primeira coisa que vi e que me acalma.
Abrir o pacotinho de cocaína e coloquei em cima da mesa separando em filheira, tirei uma nota de 2 reais do bolso e enrolei o mesmo.
Posicionei o mesmo em meu nariz e no começo da barrinha de pó puxando o mesmo, logo puxei outra e mais outra, respirei e caminhei as presas até a gaveta da mesa pegando mais neve pra entupir o nariz, sentei na cadeira e fiz todo procedimento quando a porta foi aberta bruscamente.
Breno- R1 matou o Marlon__ disse com raiva __ AQUELE DESGRAÇADO MATOU O MARLON __ chorou com ódio e passou as mãos na cabeça.
Eu sentir meu coração parar, a dor invadiu meu peito mais uma vez às lágrimas de desespero escorreu em meu rosto, encostei as costas na cadeira e levantei desnortiado peguei minha pistola em cima da mesa e caminhei sem rumo pra fora da sala deixando Breno pra trás.
Caminhei as presas até a sala do R1 e entrei sem bater e com fúria nos olhos.
- Quer dizer que tú matou meu pai? __ perguntei.
R1- Teu pai __ gargalhou __ aquele verme não era teu pai não __ riu.
- Ele podia não ser de sangue __ falei __ mais ele foi a única pessoa que me ajudou de verdade, a única pessoa que não me abandonou, a única pessoa que me deu abrigo e que não mentiu pra mim e nem fugiu __ disse __ a única pessoa que não se fingiu de morto, não é R1 __falei __ quer dizer, papai __ ironizei. __ sabe qual o teu problema ?__perguntei __ não sabe amar e nem sabe ser amado, você é invejoso e tem inveja do Marlon, porque ele sim tem todo meu respeito e meu amor, ele sim que mereceu ser chamado de pai __ soltei tudo em cima dele e mirei minha arma em sua cabeça.
R1- Pelo menos não é eu que tô estirado do chão completamente sem vida __ gargalhou __ meu filho __ zombou.
- Você não está ainda __ falei __ mais quem sabe agora ?__ gargalhei __ já matei a vaca da minha mãe mermo, tu não faria diferença nenhuma pra mim __ sorrir.
R1- Você não tem coragem __ disse sorrindo.
- A não? __ perguntei __ beleza __ ajeitei minha posição e dessa vez mirei seu peito.__ no coração vai ser mais fácil __ falei __ assim morre com ele a culpa que carreguei durante anos por ter matado meu pai __ sorrir __ não foi daquela vez, mas vai ser dessa __ destravei a arma e em um movimento rápido apertei o gatilho vendo o mesmo cair em câmera lenta com os olhos ainda aberto.
Mas seu corpo já não tinha vida, logo o chão se encheu de sangue e ver seu corpo estatelado no chão me deu ainda mais prazer do que ter matado minha mãe.
Ótimo, matei minha mãe e agora matei meu pai.
Caminhei até seu corpo e apertei o gatilho mais umas 5 vezes, deixando apenas uma bala na minha pistola.
____FNF está em luto 💔♥😢
#LutoMarlonAs vezes a perda é necessária 💔♥
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Foi Na FAVELA
Non-Fiction"Se você estiver lendo está história em qualquer outra plataforma que não seja o Wattpad, provavelmente está correndo o risco de sofrer um ataque virtual (malware e vírus)." -Sinopse Minha mão pequena bate no vidro do carro No braço se destacam as q...