Nina acordou tonta. Estava tonta e grogue e percebeu que estava escuro. Muito escuro. Sentiu frio e enjoo. Tentou se sentar, mas sentiu a cabeça molhada. Devagar, ela levou a mão até a cabeça, sustentando o corpo de lado como conseguia e percebeu que sua têmpora estava cheia de sangue. E tudo no seu corpo estava doendo. Passou a mão na boca, sentiu sangue ali também e quase chorou quando viu seu vestido e percebeu que ele estava muito surrado e rasgado.- AQUI! - Ouviu um grito. - ALEERA, VERONA, AQUI!
Nina focou a visão, o máximo que conseguiu e viu Marishka se aproximando, com um rosto assustado. A vampira loira abaixou-se ao seu lado, depressa, apoiando Nina pelos braços.
- Pronto, Nina. Pronto. Estamos aqui.
Nina agarrou-se nos braços de Marishka, tentando deixar a cabeça mais clara. E sentiu dor demais. Mal conseguia se sustentar.
- Não se mova tanto, pode ter quebrado alguma coisa. - Falou a loira apavorada. - Já mandamos chamar o Mestre, Nina, ele não deve estar longe da vila. Ele e Dragomir vão vir logo.
- O que... onde eu... - Nina tentou falar palavras. - Vladslau... ele estava aqui... e... tudo ficou escuro...
- Poupe-se agora. - Marishka falou apoiando a menina melhor quando viu as outras noivas. - Aleera, ajude-me a pegar Nina.
- Ela está ferida. - Verona percebeu. - Muito ferida... eu vou na frente, abrindo caminho.
Aleera rapidamente abaixou-se perto de Marishka e cada uma apoiou um lado do corpo de Nina.
- Ah! - Nina berrou.
- Pronto, Nina. - Aleera falou com a voz suave quando conseguiram levantar a menina e puxar a maior parte do peso para si.
As três mulheres a escoltaram até o castelo e a levaram rapidamente para o quarto dela, na torre, e a deitaram na cama.
- Eu vou pegar toalhas e água quente. - Verona disse olhando o estado de Nina na cama, suspirando de dor.
- Eu te ajudo. - Disse Aleera. - O mestre deve estar voltando.
Enquanto as mulheres saiam correndo do quarto, Marishka sentou-se na cama, ao lado de Nina e olhou para o estado dela.
- Foi Vladslau. - Afirmou Marishka.
- Acho que sim, foi tudo tão depressa. - Nina tentou conter as lágrimas de dor. - Eu fui ver Rodrik e quando eu saí, ele estava lá, furioso comigo.
- Você lembra de alguma coisa? - Quis saber a vampira.
- Não... eu... quanto tempo eu fiquei fora do ar?
- Não sei. - Marishka pensou. - Umas duas, três horas.
- Tudo dói.
Marishka passou a mão nos cabelos loiros de Nina e percebeu a bola de sangue endurecendo em seus cabelos, manchando sua têmpora de forma brutal.
- Você está muito ferida. - Disse a vampira. - Permita que a gente te ajude. - Pediu. - Eu posso te despir e Aleera e Verona podem nos ajudar com um banho. Você está ferida e precisa de ajuda. Há tanto sangue em você....
- Obrigada, Marishka, mas eu só preciso descansar um pouco. - Pediu Nina. - Estou com dor e... confusa....
- Deixe-nos ajudar. - Implorou. - Não vai conseguir se lavar sozinha neste estado. Pode estar muito ferida....
- Não. - Nina repetiu. - Eu só preciso de um tempo... eu vou conseguir.... e...
Foi quando o Conde invadiu o quarto, com o rosto duro. Apavorado e frio. Ele não esperava ver Nina com o vestido rasgado, coberta em sangue nos cabelos e no corpo e isso o assustou.
- Nina. - Ele perdeu o ar. - Meu Deus! - E voou para a cama, sentando-se junto à Marishka. - Eu vim o mais rápido que consegui!
- Foi Vladslau. - Disse a esposa loira. - Ela não lembra muita coisa.
- Está ferida. - Concordou o Conde. - Onde estão as outras? - Quis saber.
- Aleera e Verona estão pegando água e toalhas.
- Eu disse que só preciso de um tempo, sozinha. - Pediu Nina. - Eu estou com dor, mas prometo que vou ficar bem.
O Conde concordou, com o rosto duro e passou a mão delicadamente nos cabelos sujos de Nina. Ele sabia o preço das coisas, mas também não estava disposto a não fazer nada.
- Marishka, tire as roupas de Nina. À força se necessário. - Ordenou vendo Nina perder o sangue no rosto. - Peça ajuda das outras e limpe-a e examine-a. Quero saber de tudo.
- Não. - Nina falou confusa, começando a chorar.
- Não chore, doce Nina. - O Conde respirou, com o coração partido. - Por favor, não me veja como um monstro. Não posso não fazer nada. Não me peça isso.
- Aqui, Nina... deixe-me. - Marishka aproximou as mãos do vestido dela.
Nina deu um tapa na mão de Marishka.
- Nina... - O homem a olhou com carinho. - Me perdoe, minha criança. Me perdoe... eu sei que é confuso. - O Conde pegou a mão de Nina, deu-lhe um beijo ali e olhou para Marishka. - Seja delicada, por favor.
- Sim, Mestre.
E o Conde saiu do quarto.
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A fenda temporal
VampireNina Vozz e sua equipe da Universidade de Ciências Aplicadas conseguem finalmente abrir uma fenda temporal. Tentada à ser a primeira a viajar no tempo, Nina entra no próprio experimento e se vê em 1780 em uma Vila onde nada é o que Nina esperava his...