O começo

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Nina acordou muito mais amargurada. Ela tinha consciência de tudo em seu corpo e ela se sentia exausta. Agora, sem a adrenalina, seu corpo estava mais cansado, triste e ela só pensava em como ia lidar com aquilo tudo.

O Conde tinha sido... Oh... nem ela sabia julgar se tinha sido justa ou não. Mas ele tinha levantado a mão para ela e ela tinha levado um tapa na bunda. Ela tinha falado coisas, horríveis. Tinha chamado ele de monstro, quando ele tinha recolhido ela da rua e cuidado dela. E ele não tinha essa obrigação... ou tinha?

Sua cabeça estava doendo de tanto chorar.

- Nina! - Rodrik apareceu na porta, seguido de Anninka e o menino praticamente correu e pulou na sua cama, abraçando-a antes dela ter a chance de se sentar direito.

Nina ficou surpresa pelo abraço, mas aceitou-o.

- Eu fico feliz de te ver bem, menina. - Anninka sorriu. - Você está machucada...

- Eu pensei que... ele te bateu! - Rodrik afastou-se do abraço, com os joelhos nervosos na cama de Nina. - Você está bem? Eu faço o que você quiser... pode pedir!

- Eu estou bem, Rodrik. - Nina sorriu para o amigo. Sim... Rodrik podia ser um amigo ali. - Obrigada pela visita.

- Amigos se visitam, quando precisam. - Sorriu. - Elonnora queria vir... mas mamãe achou melhor não ter muita gente de uma vez só.

- Eu vou falar com as noivas. - Anninka apontou para o corredor. - Rodrik, seja delicado, ela está machucada.

- Sim, mamãe. Pode deixar. - Rodrik sorriu para a mãe que ia saindo. - Nossa, Nina, que susto você deu em todo mundo! O conde está maluco! Eu acho que ele... vai trancar Vladslau em um caixão, por uns 100 anos! É tipo... o pior castigo de todos!

Nina assustou-se.

- Está falando sério?

- Ele te machucou muito, Nina. Eu vi o Conde lá em casa, gritando com papai. Ele estava muito nervoso... Dragomir queria matar Vladslau. Matar mesmo! Mas aí o Conde o convenceu a ir naquela viagem... procurar um irmão pra mim e trazer suas coisas...

- Sei... - Nina começou a tentar acompanhar as ideias, sentando-se melhor na cama. - Eu achei que eles iam juntos nessa viagem.

- O Conde não vai te deixar. Ele até chorou, conversando com papai. - Confessou Rodrik. - Disse que estava com medo do Vladslau ter... sabe... encostado em você.

- Ele não... - Nina ficou vermelha.

- Eu sei. - Confessou de novo. - Ele disse que Marishka... - Rodrik suspirou. - Como você está com tudo isso?

- Honestamente, não sei. - Suspirou fazendo uma cara de cachorrinho perdido. - Eu acho que fui injusta com o Conde, mas ele também... ele.... eu não queria tudo o que fizeram comigo, Rodrik. Eu sou bem capaz de me cuidar.

- Não seja injusta, Nina. - Rodrik pediu. - Eu sei que deve ter sido... nossa, horrível, mas quem pode culpar o Conde? Você deu um susto em todo mundo. E... tem sangue na sua cabeça....

Nina levou a mão até a têmpora e percebeu que havia sangrado mais um pouco ali, nada demais... mas sangue o suficiente para manchar a ponta de seus dedos.

- Eu só queria acordar em casa. - Suspirou. - Agora nem sei se isso vai acontecer. Não sozinha... eu só sei física. - Riu de si mesma. - E você...

- Eu te ajudo. - Prometeu Rodrik. - Mas você precisa dar uma chance pra esse lugar, Nina.

- Ele me deu um tapa. - Confessou. - O Conde. Eu berrei com ele e ele disse que ele que manda aqui, basicamente.

A fenda temporalTempat cerita menjadi hidup. Temukan sekarang