03. Querido joelho ralado...

62 8 3
                                    

"Um beijo de infância nunca sai do coração, fica na lembrança para todo sempre..."


Querido joelho ralado

Oops! This image does not follow our content guidelines. To continue publishing, please remove it or upload a different image.

Querido joelho ralado...


Eu gostava mais de você, do que da dor de cabeça que me abateu assim que acordei na manhã seguinte a festa. A cama era grande e eu rolei por toda ela, sabendo que Murilo não estava ali.

Me arrastei pra sentar na cama, e vi o copo no criado mudo. Também tinha um bilhete.

" Tome o remédio e o suco pra enxaqueca.

- Murilo".

Eu odiava esse lado do Murilo. Ele era sempre tão vago. Suspirei e bebi remédio, com o suco. Levantei da cama em seguida, e fui até o banheiro lavar o rosto. Minhas pernas estavam de fora porque a blusa que Murilo me emprestou não tampava mais que a minha bunda. Escovei os dentes com a escova dele mesmo. A gente troca saliva que é bem pior. E vi a banheira me chamando. Só pra constar, eu não sou sempre tão abusada.

Não sei quanto tempo fiquei por ali. Só sei que só fui acordar quando ouvi passos entrarem no quarto. Não me movi, apenas deitei a cabeça pro lado pra ver o dono dessa casa entrar no meu campo de visão.

— Bom dia. — Falei.

— Só se for pra você, porque já são três horas da tarde.

CÉUS! Eu dormi por quase doze horas. Louise deve estar querendo me matar. Ela deve estar surtando de preocupação. Que bela amiga, Rebeca Martinez.

Levantei da banheira com pressa, fazendo a água se agitar e cair pra fora da banheira.

— Eu vou limpar isso. — Apontei pro chão. — Me empresta seu celular?

Ele balançou a cabeça e riu de canto, eu fiquei o encarando sem entender. Vi ele estender a mão e pegar a toalha que estava pendurada, se aproximar de mim e coloca-la sobre meus ombros.

— O que foi? — Perguntei.

— Sei que já vi tudo nesse corpo, mas não me obrigue a pecar com os pensamentos. — Sorri, e lhe dei um beijo rápido, que ele devolveu e então saiu.

Quando voltei pro quarto enrolada na toalha, ele não estava mais lá. Mas o telefone estava em cima da mesa, junto com uma sacola de roupa feminina.

— "Murilo?" — Louise perguntou do outro lado.

— Não, sou eu.

— "Rebeca!" — Ela gritou, e um barulho alto me obrigou a tirar o celular do ouvido. Pude ouvir algo caindo no chão. — "Aí meu telefone!"

Querido Eu Where stories live. Discover now