seven

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A saudade está me matando, garota. Eu não tinha vida antes de você, e depois de você, bem, acho que não tenho mais. É tudo só estudar (estou fazendo Medicina, você acredita? ainda bem que desisti de virar um engenheiro), cuidar a casa (troquei de casa, esse apartamento é bem menor que o nossa antiga casa, mas a mudança me rendeu longas noites em claro), sair com os amigos, ficar bêbado e acordar de ressaca pensando em você.

Sabe o que dói mais? Pensar em você e saber que você não pensa mais em mim.

Esta semana, organizando caixas da mudança, encontrei nossos tão aclamados álbuns de fotos. Não tenho coragem de colocá-los no lixo, mas talvez, algum dia eles sumam no meio da minha bagunça e de tantas outras garotas que nunca vão ser como você. Sim, haverão outras, disso eu sei. O problema é sempre procurar seu rosto no meio de tantos outros e nunca encontrar.

Lembrei, esses dias, daquele festival de música que fomos ano passado. Você tão, tão, tão linda (ou seria doida?) e todos os nossos amigos lá também. Foi maravilhoso estar com você na realização de um dos meus sonhos.

Mas isso tudo são só memórias e bons momentos que eu sei que não vão voltar. Sei que não adianta revivê-los todo esse tempo na minha mente, porque eu nunca vou viver isso tudo de novo. Os amigos são outros, os amores também. Uns estão por aí, outros eu nunca mais vi. Uns se meteram com vícios, outros morreram. Eu sou do grupo dos viciados.

O meu maior vício sempre foi você.

mas agora você se foi.

red | concluídoDonde viven las historias. Descúbrelo ahora