13. That shit it tears me up

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Essa merda acaba comigo.

...

O último sinal havia tocado, então declarando que os alunos sem o turno integral já estavam dispensados. Levantei da cadeira esperando Let e Bia terminarem de conversar com Joena, nossa professora de Química e Física.

A semana passada foi conturbada, o grupo Bizzle estava um tanto quanto quieto, as meninas com suas agendas lotadas, desfiles, entrevistas, fotos para capas de revistas, os meninos já não sei. Ora ou outra pesquisava algo sobre Justin, a última notícia foi de ontem en que o mesmo estava em Downtown, um distrito de Los Angeles. Na foto ele estava entrando em um possível estúdio, segurando sua bermuda de moletom que já estava praticamente em seus joelhos, na outra mão estava um Starbucks.

Sorri com a lembrança que nem me dei conta de que Leticia estalava os dedos em minha frente procurando alguma reação minha.

— Você viajou para longe agora, hein? — disse a mesma sorrindo me puxando por um dos braços até a porta da sala.

Apertei os livros e cadernos contra meu peito seguindo Bia, Let e Lauri por entre os corredores até nossos armários. Guardamos nossas coisas e fomos de encontro a saída. Eu estava com saudades e só de pensar na possibilidade de passar mais uma semana sem vê-lo um nó já se formava em meu estômago. Hoje é sexta feira e tenho um jantar marcado com Sammy. Um encontro, meu primeiro encontro em outro país. Bia e Let me ajudaram com as roupas e claro, Kim também. Kim sem sobra de dúvidas é uma das melhores pessoas em que se possa pedir opinião sobre algum tipo de roupa.

Desci as escadas da instituição com as meninas grudadas em meus braços e Brooklyn com sua mini gangue acenando ao pé da porta, seu período era integral então ele praguejava toda vez que nos via sair mais cedo. Como de costume nossos motoristas, digo, motoristas das famílias já nos esperavam com as portas abertas, eu me sentia uma pateta usufruindo de mordomias que não eram minhas por direito. Nos despedimos com abraços fraternos já de costume. Aquelas meninas em dois meses se tornaram uma estrutura pra mim nesse intercâmbio, elas passam pelo mesmo que eu e acabam entendendo minhas preocupações, inclusive a de ser obcecada pelo ídolo.

— Senhorita Fachinne? — ouvi um homem de cabelos grisalhos e alto muito bem vestido abrindo a porta do carro para mim. Estranhei pois Greg nunca havia sido substituído, de qualquer forma, para tudo se tem uma primeira vez.

— Bom dia. — disse entrando no carro e me ajeitando no banco de trás. Como eu entro em um carro com alguém que nunca vi simplesmente por ter proferido meu sobrenome? — Família West Kardashian, certo? — disse rapidamente perto da porta enquanto o homem dava a volta abrindo sua porta do motorista e se ajeitando, qualquer resposta negativa era só me jogar do carro.

— Não senhora. — apertei minhas mãos na maçaneta — Bieber. — disse o homem ajeitando o retrovisor e dando partida.

Demorei alguns segundos para captar o efeito que o sobrenome me causava.

— Aconteceu alguma coisa? — pergunto pousando minhas mãos entre os bancos da frente assustando o pobre motorista, minha voz saiu alta e um tanto quanto preocupada.

— Recebi ordens para levá-la até o senhor Bieber, senhorita. — disse ele se ajeitando no banco, estava desconfortável pela minha aproximação repentina e ridícula.

Encostei minha cabeça no encosto do banco traseiro e fuzilei o teto. Como assim Justin havia pedido para me buscarem na escola? Meu peito se encheu e a euforia tomou conta do meu corpo, era como se uma onda elétrica estivesse viajando por entre meus vasos sanguíneos, era um êxtase absurdo. Me permiti acalmar a respiração e fechar meus olhos, minhas bochechas doíam de tanto que eu sorria, não me importei por não estar sozinha ou por estar com o uniforme da escola, eu precisava vê-lo. Eu estava avançando e o pensamento de Justin gostar da minha companhia me invadiu.

Au Pair - EM REVISÃO.Where stories live. Discover now