41. Team

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Grupo.

...

"Imagens na minha mente passando repetidamente. Sei como gritar meu próprio nome. Eu me amo, vou me amar, não, não preciso de mais ninguém. Colocarei meu corpo em primeiro lugar e me amar tão forte que irá doer." — Love Myself (Hailee Steinfeld).

...

Guardo o restante do que tenho na última mala aberta sobre a cama. Ao total foram quatro malas gigantes com tudo o que trouxe e ganhei durante o intercâmbio — não contava as coisas que comprei com o cartão de Kim como minhas compras e sim como presentes.

Olhei para as três malas que estavam no chão próximas a cama e em seguida para a que estava aberta, me parecia tudo tão surreal agora.

Me direcionei até a gaveta do criado-mudo e de lá retirei tudo o que tinha, desde o CD, até a pulseira e aquelas malditas roupas. Guardei tudo na mala, exceto a muda de roupas, onde as deixei ao lado da mala.

— Certo... — digo ao mesmo tempo em que massageio minhas têmporas encarando a cama. — Acho que está tudo aqui. — suspiro inconformada.

— Com licença. — era Anabel que batia na porta semi-aberta.

Virei o pescoço para ela e não pude conter os meus olhos de se encheram ao pensar que não a veria mais como todos os dias, que aquela rotina de conversar sentada em cima do balcão de mármore enquanto ela preparava o jantar não faria mais parte de minha vida. Eu sentia que passava a perder o que foi bom para mim.

Anabel olhou para a mala na cama e sorriu ao ver que como de costume, eu não havia conseguido fechá-la.

— Você precisa de ajuda com isso, não é? — pergunta indo em direção a mala e a fechando com uma certa facilidade, como de costume. — Prontinho.

— Anabel, venha morar comigo. — faço beiço quando ela se vira para mim e me lança um sorriso fraco. — Não vou sobreviver àquele apartamento sem ouvir sua voz gritando pelos corredores e abrindo as cortinas para que eu acorde.

— Como você está sentimental. — riu me puxando para a cama, onde sentamos lado a lado. — Não está feliz com seu presente?

Como eu poderia não estar?

— Claro que estou. Quem não estaria feliz ganhando um apartamento na minha idade? Eu só acho que... — suspiro. — Fui pega de surpresa... Um dia me falam que vou ter que sair daqui e após mais uns dias eu ganho um apartamento e tenho uma semana para estar instalada.

— E sua mãe? Como tem se saído com ela? — pergunto tocando minha mão que está sobre meu joelho.

— Eu estou lidando com ela com toda paciência, mas às vezes ela é irredutível... — mordo a parte interna de minha bochecha direita. — Ela vai ceder no final das contas, ela sempre cede.

Anabel sorri fraco e encara o quarto praticamente vazio, sem nenhuma peça de roupa pendurada na maçaneta da porta ou jogada em cima do sofá do ambiente.

— Preparada para a primeira noite em sua nova casa? — questiona voltando a me olhar.

— Sim e não. — rio fraco e me recordo de que preciso de sua ajuda. — Enfim, — suspiro pesadamente e aliso minha testa. — você pode dar um jeito nisso? — pergunto e levanto em seguida entregando a muda de roupas nas mãos de Anabel. — Você pode doar ou vender... — ponho a mão na lateral na boca e sussurro. — Se você vender diga que foi um presente de Justin Bieber. — pisco. — Você receberá uma fortuna.

Au Pair - EM REVISÃO.Where stories live. Discover now