Show You - Camren

14/Temp.3

Alex

-Primeiramente eu quero só saber por que o senhor está falando comigo e por que dois dos seus garotos vieram me dar isso. -Já fui entrando na sua sala e joguei a jaqueta em cima dele.

-Alex, senta meu anjo. -Ele apontou para a cadeira e dobrou a jaqueta.

-Estou bem aqui. -Falei cruzando os braços.

-Eu quero te fazer uma proposta, você é forte, bonita, e pelo que eu ouvi dos burburinhos, você está sendo muito bem falada aqui. Suas notas são excelentes, eu pesquisei muito sobre você, filha de uma das mulheres mais bem sucedidas do país. Eu te admiro, admiro sua coragem de enfrentar Cole, você é bastante corajosa. -Sorriu.

-Sr. Boland, vá direto ao ponto. -Ele sorriu.

-Quero que entre para o time de futebol. -Soltei um riso irônico.

-Sem chance alguma. -Ele rodou sua cadeira para lá e para cá enquanto me encarava. -Não quero popularidade, não quero ser mal vista nos corredores desse colégio, eu gosto de ser a garota invisível e pretendo me formar com esse único título.

-Ora Alex, o que quer ser quando sair daqui? -Perguntou rodando seus diversos anéis em seus dedos gordos.

-Produtora musical. -Ele riu.

-Você acha que vai longe com isso? Se entrar para o time, e se empenhar em ser a melhor, um dos olheiros das melhores faculdades de NY, Miami, Londres, diversos lugares do mundo, podem escolher você. E você pode ter o melhor futuro e ser o que quiser quando terminar a faculdade. -Dei de ombros.

-Eu posso ser o que eu quiser na minha casa, minhas mães tem dinheiro o suficiente para pagar uma boa faculdade. -Ele ficou sério.

-Alex, de qualquer forma, sua mãe gostaria que fosse jogadora de futebol, nós conversamos. -Encarei-o por um tempo e suspirei.

-Eu agradeço a oportunidade, mas eu prefiro manter os meus desejos.

...

-Mas que porra em mãe. -Resmungo jogando a jaqueta em cima da mesa. -Por que faz essas coisas? Por que insiste em me envergonhar desse jeito? -Rosno sentindo meu corpo tremer.

-Eu não estou te envergonhando Alex, estou apontando para você, te dando opções, várias opções para o seu futuro, mas o melhor que você pode fazer agora é jogar no time de futebol e isso pode te levar bem mais longe.

-Mãe, eu não quero ser o centro das atenções, eu não quero passar por aqueles corredores com essa droga de jaqueta e sentir que todos estão lambendo o chão onde eu piso, você gosta disso, eu não quero que a popularidade suba a minha cabeça e vai subir. -Falei irritada.

-Eliza é líder de torcida Alex, seria o casal perfeito do colégio. -Trinquei o maxilar.

-Nós somos um casal perfeito e não precisamos de popularidade para sermos. -Ela suspirou.

-Você está entendendo errado Alex, quero dizer no baile, ela vai te convidar para ser o par dela, e como você vai se sentir com ela sendo coroada a rainha e você não estar ao lado dela nesse momento tão importante? -Abaixei o olhar e respirei fundo. -Alex, sua mãe e eu só estamos escolhendo o melhor pra você, não estamos decidindo seu futuro, estamos te dando as chaves para abrir as portas que você quiser minha filha. -Apertou meus ombros e eu suspirei. -Como você se sente?

-Fraca. -Respondi baixinho e ela me apertou contra seu corpo.

-Vai melhorar, só aceita as coisas da forma que elas são exatamente, você vai se dar bem, eu prometo. -Assenti e apertei seu corpo contra o meu.

...

Olhei no relógio e já marcam três e meia, droga, eu vou me atrasar. Corri pelos corredores sem dar atenção as pessoas me gritavam e quando cheguei na quadra, Eliza estava entrando no pequeno corredor que daria para o fundo da mesma.

Sorri e corri até ela tapando seus olhos e colando meu corpo ao seu.

-Alex? -Perguntou levando suas mãos até as minhas e passando as mãos nos meus braços.

Continuamos andando até estarmos atrás da quadra, empurrei seu corpo contra a parede dali e enfiei minhas mãos no seu cabelo puxando-à para um beijo.

-Hum... Espera. -Ela disse me afastando e eu espalmei as mãos ao lado do seu rosto e ela começou a brincar com a gola da minha camisa.

-O que foi? -Perguntei enrolando algumas mexas do seu cabelo loiro e brilhante em meus dedos.

-Eu queria falar com você sobre... -Segurei seu queixo para ela me olhar. -Sexo. -Franzi a testa.

-Não quero até você querer, não se preocupe com isso, eu tive umas boas aulas sobre isso. -Ela negou.

-Certo, mas existem estímulos. -Franzi a testa.

-Onde quer chegar? -Perguntei confusa e ela suspirou. -Não precisamos de estímulo Liza, nós não passaremos de beijos, ainda. -Ela revirou os olhos.

-Alex, estou querendo dizer sobre mãos bobas, sabe? Apertos à mais, não estou querendo dizer que quero transar agora. -Assenti. -Então... -Suspirei.

-Não me sinto confortável em ficar pegando em todos os lugares do seu corpo. -Ela sorriu.

-Eu vou guiar suas mãos. -Ela disse pegando minha mão esquerda e passando por sua barriga até seu seio esquerdo e eu continuei vidrada naquela parte. -Esse é o momento em que você aperta, fraquinho. -Ela riu e eu sorri massageando ali.

-Isso é bom. -Falei ficando com os lábios entre abertos.

-Com certeza é melhor você fazendo. -Encarei-à.

-Como? Você faz isso sozinha? -Perguntei confusa e ela assentiu.

-Já fiz pensando em você, uma vez. -Mordeu o lábio e eu sorri esquecendo completamente seus seios e descendo as mãos para sua cintura.

Puxei-à pela cintura para perto e me inclinei ficando com os lábios perto do seu pescoço. Beijei ali dando algumas mordidas e deixando alguns chupões fracos.

Eliza enfiou as mãos no meu cabelo e puxou fazendo-me encara-la, seus olhos verdes que são clarinhos agora estavam escuros, talvez demonstrando um nível de excitação.

-Alex. -Ela chamou baixinho.

-Sim? -Sorri olhando para seus lábios.

-Eu te amo, sabia? -Ela disse aquilo com tanta intensidade, que senti uma grande quantidade de alegria percorrer todo meu corpo.

E como se fosse impossível melhorar aquela alegria, ela sorriu abertamente com a língua entre os dentes, me deixando extremamente mais louca por ela.

-Aff, Eliza. -Passei os dedos por seus lábios. -Eu te amo mais que tudo nessa vida e em outras. -Ela sorriu e puxou-me pela cintura. -Esse é o momento em que eu te beijo apaixonadamente né?-Entrei na sua e ela riu.

-É o momento perfeito. -Enfiei a mão direita em seus cabelos e puxei seu rosto para perto do meu e tomei seus lábios em um beijo lento e que demonstrava o tamanho da nossa frase dita antes.