33/Temp.3

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Alex

Eliza fazia oito meses hoje, eu estava muito feliz, a barriga dela estava enorme e aquilo estava chamando a atenção de todos, me deixando muito boba.

Minha mãe havia me chamado para conversar, eu estava com muito medo, mas eu fui, porque nunca perdemos a esperança de que ela não vá gritar comigo.

-Eu quero te dar algo. -Disse enfiando a mão no bolso, passei as mãos na calça e à encarei. -Isso, é para que você comece à pensar não só em você, mas na sua família. -Me entregou uma chave.

-O que é isso? -Ela suspirou.

-A chave do meu apartamento. -Olhei pra ela.

-Mãe? -Falei confusa.

-Alex, você precisa ser independente, precisa cuidar da sua família agora, você vai fazer dezessete anos e eu ainda não te dei esse privilégio, mas estou te dando agora. -Disse apertando meu ombro.

Apenas à abracei com força, eu não conseguiria reformular nenhuma frase, apenas à abraçava, eu não estava acreditando naquilo, mas sabia que aquela ideia era da mamãe.

-Obrigada mãe. -Falei sorrindo e enchendo seu rosto de beijos.

-Ah, pare com isso Alex. -Ela disse de olhos fechados, tentando me afastar. -Eca! -Gritou me fazendo rir. -Se recomponha. -Dei risada e me consertei.

-Desculpa mãe. -Ela riu e me puxou para outro abraço.

-Seja feliz meu bebê, eu te amo, muito. -Beijou o topo da minha cabeça e suspirou fundo.

...

-Alex. -Eliza me chamou, estávamos no apartamento da minha mãe, havíamos vindo aqui apenas para ela conhecer.

-Oi amor. -Olhei para ela rapidamente enquanto sentava no balcão.

-Você ainda me acha atraente? -Perguntou franzindo o nariz e eu franzi a testa.

-Óbvio que acho, que pergunta besta, te acho muito mais atraente agora sendo mãe do meu filho. -Falei sorrindo. -Mas por que está me perguntando isso?

-Não sei, vai que você não me ache mais atraente e procure outra pessoa pra ficar. -Cruzei os braços.

-Que absurdo Eliza, nunca mais diga isso ou pense nisso, eu não vou ficar com outro alguém além de você, você é minha e minha, e eu sou sua e apenas sua. -Ela assentiu.

Continuamos à conversar, decidi mudar de assunto já que isso estava fazendo ela ficar um tanto com a auto estima baixa. Eliza contorceu o rosto em uma careta de dor e eu me levantei imediatamente.

-O que foi? -Perguntei rapidamente.

-Estou sentindo... Uma dor forte. -Arregalei os olhos e peguei a chave do carro. -Calma, calma, vai passar. -Disse respirando fundo várias vezes e contorceu o rosto novamente. -Não vai passar não.

-Ah Eliza. -Ajudei ela à levantar. -Vamos para o hospital. -Ela assentiu suspirando forte.

...

-Oi mamãe, estou no hospital com Eliza.

-O que aconteceu? -Perguntou já desesperada.

-Ela está sentindo muita dor, vamos entrar no consultório agora, te passo todas as informações. -Desliguei o telefone e ajudei Eliza à levantar novamente.

Caminhamos num corredor até chegar no consultório do obstetra que havia vindo nos acompanhando com o crescimento do Tyler.

-O que se passa Eliza? -Ele perguntou nos encarando.

Show You - CamrenWhere stories live. Discover now