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BTS - Stigma

Tenho estado ferido, de qualquer maneira
Realmente, eu não posso suportar isso.

Agora chore, é só que eu, realmente lamento muito por você.
Mais uma vez, chore, porque eu não consegui protegê-la.

Mais profunda, mais profunda, a ferida só fica mais profunda.
Como pedaços de um vidro quebrado que eu não posso reverter.
Mais profundo, é apenas o coração que se machuca todos os dias.

Daniel

O Diego passou o dia inteiro organizando o enterro de Ashlyn, eu não consegui falar com ele, ele me ligou várias vezes e o Fernando e a Lou também, mas eu não queria e não quero falar com alguém, o Fernando ficou batendo na porta do meu quarto por um bom tempo, mas eu não abri, não queria ver ninguém, o enterro dela será amanhã de manhã, nem sei se vou conseguir ir, não quero ver seu corpo em um caixão sendo enterrado.

Fico no hotel o dia todo, de noite tomo um banho, me visto e saio, entro no primeiro bar que eu vejo, bebo alguns copos de whisky e vou para outro lugar, bebo mais e vou parar em uma boate, as garotas se jogam em cima de mim, mas elas não são e nem nunca vão ser a Ashlyn, vou para o bar e peço vodka, tequila, Absolut, e qualquer outra bebida forte, quando eram 9 horas da noite, eu já estava completamente anestesiado, não sentia meu corpo, mas sentia a dor na minha alma, eu perdi um pedaço de mim hoje, estou completamente perdido, não sei o que fazer, não sei para onde ir, sai daquela boate e fui para outro bar, eu estou completamente embriagado, vou beber mais por que quero me esquecer de tudo, quero não sentir está dor, não quero me lembrar que a perdi, não quero lembrar que me perdi. Tudo que eu sempre quis foi encontra-la e agora só quero esquecer que a encontrei.

Ficou tarde e o barman não queria mais me vender nenhuma bebida, vi Fernando entrar. Ele me olha aliviado. Ele deve estar me procurando a um tempão, ele vem até mim e senta do meu lado.

- O que você esta fazendo aqui?. - ele pergunta.

- Não é óbvio?. Estou bebendo. - respondo e encosto a testa no balcão.

- Daniel não faz isso, a Ashlyn não iria gostar de te ver desse jeito. - a Ashlyn nem chegou a me conhecer.

- A Ashlyn não está aqui, ela não pode ver mais nada, então me deixa Fernando. - essa conversa está durando muito.

- Não, sou seu amigo e se não posso te vencer, vou me juntar a você. - ótimo.

Ele pede mais duas doses e bebemos, bebemos a noite toda, Eu estava destruído, mas não deixei uma lágrima se quer cair, me mantive forte, às 5 horas da manhã quando saimos daquele bar, Voltamos para o hotel e fomos para os nossos quartos, eu tomei um banho e me deitei na cama, mas não dormi, eu fechava os olhos e via os seus cabelos azuis e aqueles olhos lindos, eu estava completamente sozinho e perdido agora.

...

Cai no sono perto das 7 da manhã, acordei as 10, to muito cansado, mas sei que não vou conseguir dormir mesmo que eu queira muito, tomo um banho e me visto, desço e encontro o Fernando tomando café da manhã, pego algumas coisas para eu comer e me sento com ele.

- Bom dia. - Fernando diz desanimado.

- Só se for pra você. - respondo mal humorado.

- Ressaca?. - ele sugere.

- Não e você?.

- Também não.

- Você vai no enterro?. - pergunto.

- Vou e você?.

- Vou sim. - queria não ir.

Acabamos de tomar cafe e fomos pro enterro, encontei o Diego no lado de fora da capela.

- Que bom que você veio. - Diego diz me abracando.

- Eu precisava deixar uma coisa com ela.

Eu entro na capela e vejo seu corpo no caixão, pego a minha adaga, ela foi dada a mim por Deus.

Coloco no lado do corpo dela, algum tempo depois fecharam o caixão e colocaram na cova, o Diego pegou a pá, encheu de terra e jogou sobre o caixão, ele veio até mim e disse para eu fazer o mesmo, mas não consegui, eu não ajudaria a enterra-la

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Coloco no lado do corpo dela, algum tempo depois fecharam o caixão e colocaram na cova, o Diego pegou a pá, encheu de terra e jogou sobre o caixão, ele veio até mim e disse para eu fazer o mesmo, mas não consegui, eu não ajudaria a enterra-la.

O enterro acabou e eu voltei pro hotel, arrumei as malas, deitei na cama e fitei o teto durante a tarde toda.

Eu vou voltar para Toronto amanhã, o pior é que vou voltar sem ela, já não sei mais o que vou fazer da minha vida, perder a Ashlyn me deixou sem rumo, sem expectativas, sem vontade de prosseguir.

Liguei para o serviço de quarto e pedi algumas garrafas de bebidas alcoólicas, hoje eu não iria sair, hoje vou beber aqui, vou afogar as minhas magoas e talvez me afogar na picina mais tarde.

Bebi a noite toda não faço a minima idéia de que momento que eu dormi.

Eu estava voando em cima de uma floresta, escuto outro bater de asas ao meu lado e olho para ver quem é.

- Ashlyn. - murmuro vendo ela ao meu lado.

- Oi Daniel. - ela sorri e usa um vestido muito branco.

- Onde você estava?. - pergunto.

- Longe, mas agora estou aqui. - ela sorri mais uma vez antes de ficar com uma expressão triste.

Ashlyn começou a descer e eu a segui, quando chegamos em terra firme, vi que ela estava no lado de um caixão, eu chego perto e vejo que é ela que está dentro, a outra Ashlyn chega perto de mim e sussurra perto da minha orelha:

- Não me abandona, eu preciso de você, por favor Daniel.

- Eu estou aqui. - digo me virando para olhar para ela.

Ela sumiu. Foi embora novamente.

Acordo, olho ao redor e vejo garafas vazias e tudo revirado.

Saio da cama, tomo um banho e me visto, saio do quarto e vou tomar café lá em baixo, pego algumas coisas, me sento e como.

Depois do cafe volto pro quarto e arrumo as coisas para ir embora, é ruim pensar em voltar para Toronto sem ela, será que eu vou ter que esperar mais milênios para encontrar outra alma gêmea? Ou nunca mais terei uma?.

Revisado

Ela É Do Arcanjo (Concluído)Where stories live. Discover now