Ela É Do Arcanjo (Concluído)

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Demi Lovato - Sober

Eu não tenho desculpas
Para todas essas despedidas
Me ligue quando acabar
Porque eu estou morrendo por dentro
Me acorde quando os tremores sumirem
E o suor frio desaparecer
Me ligue quando acabar
E eu mesma reaparecer

Eu não sei, eu não sei, eu não sei, eu não sei por que
Eu faço isso toda, toda, toda vez
É só quando estou sozinha
Às vezes eu só quero me esconder
E eu não quero lutar
Eu tento e tento e tento e tento e tento
Apenas me abrace, estou sozinha

Mamãe, me desculpe por eu não estar mais sóbria
E papai, por favor, me perdoe pelas bebidas derramadas no chão
Para aqueles que nunca me deixaram
Nós já passamos por isso antes

Eu sinto muito
Eu não estou mais sóbria

Daniel

Ashlyn tentou rever a cena da morte de Gabriel, mas não deu certo e agora ela está perdida no espaço tempo, se eu pudesse a tiraria de lá, mas não dá, eu não tenho a habilidade que é necessária para poder ir lá.

Levei Ashlyn para casa e deitei seu corpo adormecido na nossa cama.

- Quando você vai parar de correr perigo por minha causa?. - pergunto mesmo sabendo que ela não vai escutar e muito menos responder.

A família inteira já sabe o que aconteceu e é claro que o Diego e eu discutimos. Eu sou verdadeiramente um péssimo companheiro.

Não acredito que "deixei" a Ashlyn fazer isso, agora ela está vivendo a mesma coisa milhares de vezes e eu, de novo, não posso fazer nada para protege-la ou traze-la de volta.

Eu deveria ter sido proibido de ter uma companheira, olha a merda que deu, o pai poderia ter feito esse favor, Ashlyn com certeza não sofreria tanto na vida.

...

Cinco desgraçados dias se passaram e ela ainda não saiu dessa repeticao do inferno, to exausto, quase não durmo na esperança de vê-la acordar.

Saio do lado da cama e desço para tomar café, to com fome, chego na sala de jantar e me sento vendo todos me encarando, que inferno.

Ashlyn

Acordo nessa porcaria de novo, já vi essa cena um milhão de vezes e vou ver mais um milhão com certeza. Quero sair desse lupim infinito infernal.

Saio da cama, tomo banho e coloco um short e uma camisa do Daniel, saio do quarto e desço as escadas, já vendo as expressões tristes dos outros membros dessa casa, todos pareciam cansados e preocupados. Já vi essas expressões tantas vezes que até consigo reparar as rugas novas que apareceram no rosto do meu pai.

Me aproximo e todos me olham espantados. E lá vamos nós...

- Ash... - não deixo Daniel terminar.

- Calado. Já escutei essa merda toda um milhão de vezes, então só fiquem quietos, talvez faça essa merda acabar mais rapido. - digo sentindo minha cabeça doer muito, de novo.

- É... - interrompo.

- Cala boca Fernando. - digo irritada.

Pego um pratinho e começo a enche-lo de fatias de bolo, pego um copo de suco e quando estava voltando para o quarto, eu me viro, volto para mesa, deixo meu cafe da manhã em cima dela e abro minhas asas, mostrando minha armadura brilhante. Vou em direção a porta dos fundos, que se abre e um estranho entra, mas eu sou mais rapida e passo meu machado no pescoço dele, logo vejo a cabeça cair no chão.