10- Troca de cartas

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Luna aparentava estar bem melhor quando Draco a viu novamente, ainda tinha bolsas de baixo dos olhos e seu cabelo estava um pouco desgrenhado, mas ao menos ela estava ali, sentada no Salão Principal comendo o seu café da manhã.

Se sentou ao lado de loira, que rapidamente se jogou em seus braços.

- E-eu a odeio, eu j-juro que a odeio. - Fungou olhando o tampo da mesa.

- Gina não é de todo mal, acredito que talvez um dia ela te peça desculpas. - Murmurou contra os cabelos loiros da amiga. Ele sabia que alguém criado por Arthur e Molly Weasley não tinha a capacidade de ser ruim, até mesmo Percy havia se redimido, talvez Gina estava em processo de aceitação e não soube como reagir. Afinal, não é todo dia que descobrimos que sua melhor amiga é apaixonada por você.

- Ela é uma boa pessoa. - Concordou. - Só que é homofóbica. Eu gosto tanto dela.

- Eu sei, meu bem, eu sei. - Assentiu.

- Talvez eu deva parar de amar ela.

- Não tem como, isso só o tempo pode decidir. - Riu erguendo Luna de seu colo e se sentando ao lado dela. - Mas por hora nós deveríamos comer e nos concentrar nas matérias, já sabe o que vai fazer quando se formar?

- Eu v- - Um enorme barulho surgiu e todas as cabeças do Salão Principal se viraram em direção a Harry, que havia, quem querer, batido a porta com força. Draco riu alto do desastre ambulante que Harry era, ele estava com os cabelos mais bagunçados que o normal, o uniforme amassado e a capa pendurada para fora da mochila preta.

O moreno sorriu como se desculpasse e andou em passos rápidos para a mesa da Corvinal, onde se sentou em frente a Draco e Luna.

- Bom dia! - Desejou já metendo a mão na cestinha de pãos de queijo.

- Não está brav comigo? - Perguntou Luna.

- Por que eu estaria? Ninguém manda no coração, e outra, a maior babaca ali foi a Gina, você não tem culpa de nada. - Tocou a mão da amiga que sorriu para ele.

- Você é maravilhoso, Harry. - Apertou os dedos do amigo, Draco pigarreou. - Não precisa ter ciúmes Dray, Harry é só seu. - Luna riu e o moreno virou o pescoço tão rápido na direção do loiro que Draco achou que Harry iria quebra-lo e virar o Harry-sem-cabeça, virando o assim o fantasma substituto da Grifinória.

- C-como ela sabe? - Perguntou baixo.

- Porque eu contei, Pottynho. - Esticou o braço sobre a mesa e apertou a bochecha de Harry, que virou o rosto em direção a mão do menor e beijou. Alguns alunos que estavam sentados mais pertos olharam com estranheza cena, mas ninguém comentou nada. Draco recolheu a mão, com as bochechas graciosamentes coradas.

Harry deu de ombros e dezenas de corujas surgiram carregando pacotes e caixas. Seu pequeno Arvey, sua nova coruja, ainda um filhote, largou uma carta em seu colo e bicou seu pão de queijo, logo levantou vôo e saiu. Harry encarou a bela coruja negra de Draco, que comia o cereal do loiro enquanto tinha suas penas acariciadas pelas mãos curiosas de Luna, que sorria animada enquanto um enorme pacote em um rosa choque estava sobre a mesa com o nome dela em um laço verde espalhafatoso.

Deu um pulo de susto quando ouviu os berros de uma voz que parecia ser a Sra. Weasley, Gina saiu correndo do Salão Principal com um berrador em mãos, que gritava aos quatro ventos que aquela não havia sido a educação que havia dado e mandava a ruiva se desculpar imediatamente com Lovegood.

Luna continuou acariciando as penas da ave, parecendo não se importar com o berrador.

Harry abriu a carta de Sirius, não poderia se comparar a uma carta, era apenas um bilhete perguntando "Como vai a escola? Você está bem? Eu te amo.", sorriu para carta, Sirius era a melhor coisa que já havia acontecido na sua vida até agora. Ele era como um pai e o tratava como um filho.

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