7 mistérios.
7 caminhos.
7 esquinas onde eu escrevi o meu destino.
Foi lá que eu sorri
Foi lá que eu chorei
Foi lá que eu fui enganada e também enganei.
Pra quem não me conhece permita me apresentar, me chamo sete esquinas aqui e em qualquer lugar.
Vivia de bar em bar, de rua em rua e de esquina em esquina.
A noite era minha maior companheira e os homens só prestavam pra me sustentar e me dá dinheiro.
Dona da rua sempre fui muito bem cobiçada e amada mas sempre fui mulher de poucos amigos.
Meu coração era quente como uma chama ardente e meu peito lembrava marcas de uma amor cruel e mal intencionado.
Meus pais já nem queriam me ver e saber da minha existência, pois mulher da rua pra eles não passavam de uma puta que vive em satisfazer desejos.
Eu vendia meu corpo e recusava convites de amores sinceros e felizes.
Eu perambulava sem rua
Mais sempre bem arrumada, cheirosa e simpática.
Em uma das andanças encontrei um homem velho no qual me prometeu riquezas e muito dinheiro, me deixei levar pela soberba e vaidade e logo aceitei.
Fui até o local destinado e quando cheguei percebi que era uma emboscada eram sete homem contando com o velho nojento.
Fui usada
Abusada e linchada.
Enfiaram os membros em mim.
Me destruíram
Me ofendiam e me maltrataram.
Naquela noite meu corpo foi usados alguns dos meus membros cortados pra satisfazer vontades e desejos sexuais.
Eu partia
Eu me libertava.
Adormeci.
Meu corpo foi enterrado pelos covardes onde até hoje é um lindo jardim de margaridas.
Me chamo sete esquinas, esse é o meu mistério, foi um desses o meu caminho e escrevi com meus próprios dedos o meu destino.
