Sintam - se envolvidos....
Christian Mcnegro, o homem mais enigmático que poderia nos envolver, um homem charmoso e caro, provarias o sabor da volúpia eminente no homem? Deixarias ele te mostrar em como o pecado poderia ser o mais irresistível?
Zoe...
Se ela te fala assim, com tantos rodeios, é pra te seduzir e te ver buscando o sentido daquilo que você ouviria displicentemente.
Se ela te fosse direta, você a rejeitaria.
— Rodrigo Amarante
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Confesso que fiquei um pouco desnorteada observando o homem loiro a minha frente e, obviamente, depositar um singelo beijo na minha mão não minimizou a situação.
Entretanto, eu precisava-me recompor, e de preferência rápido, por isso, sorri gentilmente, tentando não demonstrar toda a minha surpresa e recolhi a minha mão, ainda sentindo a minha pele formigar.
Definitivamente eu precisava agradecer a Louise.
— Por favor, acompanhe-me — ele se apressou em dizer antes que eu pudesse dizer alguma coisa. — Tomei a liberdade de pedir uma bebida para mim, espero que não se importe.
— Não me incomodo, eu é que deveria desculpar-me por ter-me atrasado — eu disse e ele nada respondeu.
Caminhamos pouco até chegarmos à nossa mesa que ficava num local mais reservado, mas não menos bonito, Christian puxou a cadeira para que eu me sentasse e depois sentou-se no seu lugar.
Ainda olhando, observei ele encostar as costas na cadeira almofada enquanto levantava a mão direita, chamando um dos empregados de mesa.
Os seus olhos verdes voltaram em mim com uma expressão séria e, ao mesmo tempo, com um quê que eu não soube decifrar, mas que gostei bastante.
O garçom aproximou-se prestativo.
— Dê-me o cardápio e a carta de vinho — solicitou e o homem, que já carregava ambas as coisas, depositou um para mim e outro para ele.
Com os seus olhos voltados a carta de vinho de capa em couro preto, a sua expressão agora é de um analista e, no fundo, eu realmente pensei que ele estivesse a tentar impressionar-me, pelo menos até ele fazer o seu pedido.
— Vou querer um Roumier chambolle musigny 1996, o que prefere, Srta. Mondego? — ele perguntou ainda olhando para a carta.
— Pode ser o mesmo — revelei e então ele fechou a capa e se dirigiu para o garçom.
— Traz a garrafa então, e para a entrada...
— Sopa de inhame com cardamomo, como de costume, senhor? — o homem o interrompeu e eu baixei o olhar para o meu cardápio assim que Christian notou que eu estava o observando minuciosamente.
— Claro — respondeu simplesmente. — Vai querer alguma coisa de entrada, Srta. Mondego? — perguntou mais uma vez.
— Um antepasto de beringela, obrigada — fechei o cardápio e pousei na mesa, o homem que anotava tudo num bloco de notas também de couro, capturou as cartas de vinho, mas deixou os cardápios.
