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Às vezes fazemos coisas que não queremos

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Às vezes fazemos coisas que não queremos

Às vezes sentimos desejos que não são nossos
Sentir o que não faço
Desejar o que não sinto
é o que acontece comigo
quando estou com alguém
quando tudo o que eu queria
era estar com você.

— Augusto Branco

Acordo numa manhã ensolarada, lentamente abrindo os olhos enquanto o brilho da luz invade o meu quarto. Sinto o calor dos raios solares no meu rosto em contraste com o ar gélido do quarto proporcionado pelo ar condicionado, e percebo que o dia promete ser quente.

Respirei fundo, fechando de novo os olhos e inspirando o ar fresco, esticando o meu corpo preguiçosamente na cama.

A minha boca estava seca e um gosto estranho permanecia na minha língua. Suspirei e tentei lembrar-me do que aconteceu na noite anterior. Vaguei nas memórias confusas e vagas, mas nada muito claro venho à mente, já que a dor latejante na minha cabeça impedia-me.

Ainda deitada na cama, tentei recolher os meus pensamentos. Não pude evitar sentir uma leve mistura de culpa e arrependimento por ter bebido demais na noite anterior. Ainda assim, não consigo deixar de me sentir um pouco confusa e desorientada.

Senti o lençol macio e aconchegante sobre o meu corpo e estiquei um pouco os braços e pernas, e os meus dedos, vagando entre o lençol, apalpam discretamente o lado do colchão antes ocupado por outra pessoa.

Oh, céus, Christian.

Pequenas lembranças quebradas envolve-me e precisei sentar rapidamente na cama, descobrindo quase de imediato o meu corpo coberto com uma T-Shirt branca enorme que definitivamente não era a minha.

E como se tivesse sentindo o meu desespero, a porta do banheiro é aberta, revelando o meu acompanhante de luxo saindo da espessa camada de vapor que se expandia no espaço e somente com uma toalha branca presa de maneira no seu quadril.

O seu firme peito é coberto por uma leve camada de pelos castanhos nos seus músculos firmes, sem, obviamente, deixar para trás as numerosas tatuagens chamativas envoltas em ambos os braços e ainda na sua costela direita.

Posso jurar que perdi o ar por alguns instantes.

O cabelo molhado está jogado para trás, os fios loiros quando passam por um fleche de luz solar contrasta magnificamente, dando uma visão muito mais mitológica e perigosamente sensual dele.

Porém, nada superava a sua pele alva totalmente arrepiada por conta da temperatura fria, e mesmo se eu quisesse, eu não podia mentir que eu não havia gostado, porque o meu corpo traiu-me ridiculamente, fazendo os meus mamilos atiçarem descaradamente contra a peça de roupa bastante evidente.

Os seus olhos esverdeados pousaram em mim e não pude evitar engolir em seco. Ele exala confiança e conforto na sua própria pele, mesmo estando seminu à frente de uma mulher que de certa forma trabalha com ele.

Acompanhante de luxoWhere stories live. Discover now