Um tempo pra pensar...

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Allyson On.


Eram sete da manhã. Eu não iria para a escola, claro, estava deprimida demais até pra sair de casa. Custei pra levantar. Esfreguei os olhos e me olhei no espelho, porém não sei como ele não quebrou. Meu rosto estava péssimo, cheio de olheiras, e meus olhos vermelhos, sem contar que meu cabelo estava tão bagunçado que parecia mais uma juba de leão. Lavei o rosto e escovei os dentes. Eu me arrastava pela casa, e vi uma porta escancarada no final do corredor. Era o quarto de Molly. Não sei porque, mas algo me dizia que eu devia entrar lá, e foi isso que eu fiz. O quarto de paredes brancas e roxas, cheias de fotos nossas juntas, com o namorado, com o Louis... um quadro dos Beatles enfeitando a parede, agora era um quarto solitário em sem dono. Respirei fundo, segurando o choro, e saí fechando a porta calmamente. No andar de baixo, percebi que meus pais já estavam acordados e minha mãe chorava baixinho.


"Calma, querida, tudo vai ficar bem".


Ouvia meu pai dizer pra ela.


Voltei ao meu quarto e fiquei dando voltas nele. Até que meu celular toca.


- Alô?- atendo sem nem ter visto que me ligava.


- Ally.- chama-me Louis.- Como você está?


- Já estive mais feliz.- respondi com uma voz triste.


-Vem pra minha casa, a Donna tá aqui, eu não quero que você fique em casa chorando o dia todo.


- Não era para estar na aula, vocês dois, Louis?


- Sim, mas resolvemos faltar por você.


- Louis, obrigada, mas eu realmente não...


- Sem essa, Allyson. Quando a Lana morreu, você fazia de tudo pra me animar, e ficava perto de mim sempre. Eu não vou ignorar você. Agora, vem pra cá.- ordenou.


Suspirei e concordei enfim.


- Você tem razão. Tá, chego aí em 15 minutos.


-Até, Ally.


Desliguei e me arrumei. Coloquei uma calça jeans justa, All Star preto, camiseta branca confortável e uma touca preta pra esconder os meus cabelos bagunçados.


Dei um beijo nos meus pais e disse que voltava logo. É claro que eles repetiram várias vezes para eu tomar cuidado.


A rua estava vazia, como sempre. Louis não morava tão distante de mim, então eu já estava acostumada a ir a pé sempre. Só se ouvia apenas o barulho dos passarinhos cantando alegres, que não fazem nem ideia de que o lugar onde estão, ficou mais perigoso que campo minado.


Enquanto eu ajeitava minha touca na cabeça, senti uma mão me agarrando pela cintura e me levando para um beco. Tentei gritar, mas essa pessoa tampou a minha boca. Fechei os olhos com força.


"Chegou a minha hora".- pensei. "Ele vai me matar."


- Ei, calma.- ouvi uma voz conhecida.


Abri meus olhos lentamente e observei o sujeito na minha frente.


- Zayn!- exclamei.- Que droga, achei que ia morrer!


- Desculpa.- coçou a cabeça e depois lançou um sorrisinho maldoso pra mim.- Não vou te fazer mal algum.


Mostrei a língua pra ele e respirei fundo, tentando acalmar meu coração que quase saiu pela boca.


- Porque não está na escola?- perguntei saindo daquele beco bizarro com Zayn atrás.


- Eu já sabia que você não iria, então não fui perder meu tempo lá, solitário.- balançou a cabeça.- Aonde está indo?


- Pra casa do Louis.- voltei ao meu caminho.- Quer ir junto? Já tá na hora de você fazer mais amizades.


- Eu não sei... isso é uma boa ideia? Acho que ele não gosta de mim.


- Eu não vejo nada de errado em você, então, vou fazer Louis pensar o mesmo, ok?- pisquei pra ele.- Confia em mim. Vamos.


Zayn concordou e sorriu carinhosamente. Andamos juntos até a casa de Tomlinson.

Killer |Z.M|Where stories live. Discover now