Capítulo 4

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Marina

Finalizo o e-mail e clico em enviar. Deixo um suspiro escapar e ouço uma risadinha ao fundo. Acabo encontrando os olhos de Eduardo em mim.

— Desculpa pela demora — ajeito na cadeira.

— Fica tranquila — diz — valeu a pena esperar - sorri.

Faço-me de surda

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Faço-me de surda. Abri minha gaveta e peguei minha agenda.

— Qual o projeto? — pergunto.

— Estou abrindo meu escritório de advocacia — fala — encontrei o lugar perfeito e gostaria muito que cuidasse do projeto — diz — quero algo aconchegante e simples.

Vou anotando tudo na agenda. Era uma mania minha e facilitava meu trabalho.

— Gostaria de conhecer o local — digo.

— Claro.

— Sexta-feira fica bom?

— Fica — responde — estarei livre o dia todo.

— Marcado — falo.

Pego meu cartão e lhe entrego.

— Número da loja e meu e-mail — digo.

— Obrigado — guarda o cartão.

Levo um susto ao ver o horário. Faltava pouco para Samuel sair da aula.

— Não quero mais tomar seu tempo — levanta.

Faço o mesmo que ele. Abro a porta e estendo minha mão.

— Até logo.

— Até mais, Marina.

Fecho a porta e volto para minha mesa. Guardo tudo dentro da minha bolsa, desligo o computador e deixo minha sala.

Acabo encontrando com Vítor e Eduardo. Apenas dou um aceno com a cabeça e corro para o carro. Não queria chegar em cima da hora.

Passamos no mercado antes de irmos para casa. Samuel queria comer nhoque e não poderia negar para o meu pequeno.

Larguei as sacolas na cozinha, enquanto ouvia Samuel ligar a tv da sala. Lavei minhas mãos, abri a geladeira e sirvo um copo de iorgute.

— Quer comer alguma coisa? — pergunto.

— Não, mamãe — diz, vidrado na tv.

— Beba esse iorgute — entrego o copo para ele.

— Não estou com fome — fala.

— Pode bebendo tudo — digo — tem atividade hoje?

— Não, mamãe — bebê o iorgute.

Sempre olhava os cadernos de Samuel. Gostava muito de acompanhar seu desempenho no colégio e recebia ótimos elogios do meu menino.

Recomeço Where stories live. Discover now