Eduardo
Estávamos seguindo em direção ao hospital. Nunca havia dirigindo tão rápido em toda minha vida. Cruzei todos os sinais vermelhos que apareceram durante o caminho.
Estacionei o carro de qualquer jeito, desci e corri para dentro do hospital. Precisava urgentemente de notícias sobre Marina e dos gêmeos.
- Minha esposa deu entrada nessa unidade.
- Qual o nome dela, senhor? - indaga.
- Marina Macedo Carrion - respondo.
Demorou alguns segundos para falar algo.
- Sim, ela está em nosso hospital - continua mexendo no computador - foi levada para o 6° andar e passa por exames - fala - siga nessa direção e vire à esquerda. Encontrará os elevadores.
Saí em disparada novamente. Mas percebi que os elevadores estavam subindo e demoraria para chegarem ao térreo. Acabei encontrando a escada de emergência, não pensei duas vezes e caminhei até ela.
Corri. Corri o mais rápido que podia naquelas escadas, mas parecia, que nunca chegaria ao 6°andar. Mas cheguei e tentei recuperar minha respiração. Aproximei da recepção e indaguei.
- Informaram que minha esposa estava nesse andar - digo - Marina Carrion.
- Um momento - pede.
Passei minha mão pela testa e tentei secar um pouco daquele suor. Mas não estava nem aí também. Só queria informações sobre eles.
- Ela continua sendo atendida, senhor - diz calmamente - o médico logo virá conversar com você.
- Moça, preciso de notícias nesse momento. Ela foi atropelada e...
- Terá que esperar - diz.
- Merda - exclamou nervoso.
Fiquei caminhando de um lado para o outro. Queria notícias dos três naquele momento, mas isso não aconteceria tão cedo.
- Beba essa água - Hugo, entrega um copo descartável - tenta ficar calmo.
- Não consigo - seguro o copo - preciso de notícias, Hugo.
- Logo às notícias chegaram - afirma.
- Desculpa incomodar - um senhor falar - Eduardo Carrion? - pergunta.
- Sim, sou eu. Quem é você? - indago.
- Benjamin - estende sua mão - avisei sobre o acidente.
- Claro - cumprimento ele - desculpe... Eu... Obrigado.
- Não precisa agradecer - fala - aqui está sua bolsa - entrega a bolsa de Marina.
- O senhor presenciou o acidente?
- Estava atravessando à rua - responde - aconteceu muito rápido.
- Homem ou mulher que estava no volante? - continuo fazendo às perguntas.
- Tenho certeza absoluta que era uma mulher - afirma - trabalho no comércio daquela avenida - informa - temos câmeras de vigilância em todas às lojas. Alguma deve ter pego algo.
- Isso é muito bom - Hugo, fala - depois podemos conversar sobre isso.
- Estou à disposição.
Observo uma médica caminhando na nossa direção. Levanto no exato momento em que ela para.
- Parentes de Marina Carrion?
- Sou marido dela. Eduardo Carrion - falo - como eles estão?
- Teremos que fazer uma cesariana de emergência - avisa - não irei mentir para o senhor. Às crianças correm risco de vida. O impacto que sua esposa sofreu foi muito grave - diz - estamos fazendo de tudo para salvá-los.
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Recomeço
RomanceMarina abdicou de todos seus sonhos. Ela não estava esperando por aquela gravidez. Teve que mudar o rumo da sua vida, pois criaria o filho sozinha. Ela precisou recomeçar! Eduardo passou alguns anos fora. Resolveu voltar ao Brasil, abrir seu escrit...